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18 de agosto de 2014 | | |

Debate energético popular

Movimentos sociais organizam debates sobre a questão energética em todo o Brasil

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A quase um mês e meio das eleições para presidente no Brasil, os movimentos sociais que fazem parte da Plataforma Operária e Camponesa para a Energia estão organizando uma série de seminários em várias regiões do Brasil com o objetivo de aprofundar o debate sobre o modelo energético no Brasil.

Na terça-feira (19) em Belém, capital do estado do Pará, será realizado o primeiro destes seminários, que contará com a presença de atingidos por barragens, agricultores, trabalhadores do setor da energia, do petróleo, engenheiros e acadêmicos.

Em entrevista com a Rádio Mundo Real, o dirigente do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), Robson Formica, afirmou que os seminários visam “servir como um processo de acúmulo daquilo que viemos discutindo, elaborando e formulando, para que isso se transforme em pauta de luta para os próximos períodos. E que isso também sirva como uma certa orientação para o nosso posicionamento em relação às eleições presidenciais no Brasil este ano”.

A Plataforma Operária e Camponesa para a Energia foi criada em 2010, e está integrada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), MAB, Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), Sindicatos dos Eletricitários do Distrito Federal (Stiu/DF), de Minas Gerais (Sindieletro/MG) e de Santa Catarina (Sinergia/SC) e Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de São Paulo (FTIUESP).

Segundo Robson, a orientação que surge na plataforma é de que “precisamos recuperar a capacidade de controle popular e de soberania sobre a questão energética, e fazer uma luta social e um conjunto de iniciativas para que essa riqueza gerada pelo setor energético seja distribuída em beneficio da população brasileira, através da melhoria de serviços, como a saúde, a educação, como programas sociais, e que isso possa resultar concretamente em melhoria na vida das pessoas”.

O debate sobre o modelo energético no Brasil, através dos movimentos sociais visa problematizar e denunciar as diferentes contradições que existem no modelo atualmente. O dirigente do MAB descreve algumas das principais delas: “uma tem a ver com as populações atingidas por barragens, que são expulsas das suas terras sem uma garantia mínima de direitos humanos fundamentais; outra é todo o processo de precarização e de exploração sobre os trabalhadores do setor do petróleo e da eletricidade; e outra é a exploração que há sobre a sociedade e os trabalhadores através das tarifas de energia elétrica”.

Além de Belém, outros seminários serão feitos nas cidades de Florianópolis, Recife e Rio de Janeiro. Robson contou que a meados de setembro haverá um seminário nacional em Brasília que reunirá os debates feitos nas regiões para “fechar propostas e pautas e construir um cenário de lutas no próximo período em torno de grandes temas da questão energética, que é por onde passa o debate sobre o desenvolvimento econômico e social do Brasil dos próximos anos”.

(CC) 2014 Radio Mundo Real

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