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17 de septiembre de 2015 | | |

O que está por trás da descarbonização

Projetos de financeirização da natureza aumentam a apropriação dos territórios

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Thomas Fatheuer é sociólogo e ex-diretor da Fundação Heinrich Böll Brasil, em seu último livro (Nova Economia da Natureza denuncia o recente processo de “monetarização” da natureza, que tem como suposto objetivo dar soluções à crise climática. Thomas analizou alguns aspectos desta nova economia da natureza em sua fala na abertura da Conferência Latino-americana sobre Financeirização da Natureza.

O autor iniciou sua fala, compartilhando uma preocupação. Na recente visita da chanceler alemã Angela Merkel ao Brasil no final de agosto, foi anunciado um compromisso para atingir a “descarbonização” da economia até o final do século: “Descarbonizar a economia significa o quê? Um adeus aos fósseis: petróleo, gás e carvão. Significa a transição para outras fontes de energia, principalmente os agrocombustíveis.”

Thomas alerta que a descarbonização nestes termos significa uma maior apropriação da terra para obter mais energia: “Criar cada vez mais grandes projetos de apropriação de terras com discurso verde sustentável”. Este tipo de projetos foram constatados em algumas das caravanas realizadas no inicio da conferência, como por exemplo a do municipio de Acará, onde é desenvolvida a monocultura de dênde.

Para o autor os projetos continuam cumprindo a mesma função de sempre, mas muda a forma em que estão sendo apresentados: “sempre houve grandes projetos de apropriação de terra, não é uma novidade ter projetos assim na Amazônia. A novidade é que o discurso mudou totalmente, não é mais: ’temos que destruir para desenvolver’, agora é ’vamos manter o equilibrio, a ecología, plantar só em áreas degradadas, diminuir as emissões de CO2, etc”.

Novas promessas

Ganhar dinheiro não desmatando. É o que o mercado começa a prometer cada vez mais a comunidades indígenas da Amazônia, como uma medida que supostamente aponta a combater as mudanças climáticas: “na verdade, é uma desapropriação das comunidades”, afirma Thomas. Segundo ele, isto “cria um outro tipo de comércio que não vão ser mais controlados pelos povos indígenas, mas por consultoras internacionais”.

Ouça a fala de Thomas Fatheuer no arquivo anexo

Imagen: Radio Mundo Real

(CC) 2015 Radio Mundo Real

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