{mini}Versión para imprimir

English · Español · Português

14 de julio de 2011 | |

Informe funcional

Honduras: fortes críticas ao relatório da Comissão da Verdade e a Reconciliação

Descargar: MP3 (1.4 MB)

O relatório apresentado em Honduras no dia 7 de julho pela Comissão da Verdade e a Reconciliação (CVR) é uma “tragédia” e uma “ofensa”, afirmou a coordenadora geral do Comitê de Familiares de Detidos Desaparecidos em Honduras (COFADEH), Bertha Oliva.

O trabalho de 800 páginas reconhece que houve um golpe de Estado no país no dia 28 de junho de 2009, mas não diz nada contundente sobre as graves violações dos direitos humanos durante estes dois anos.
O relatório também indica que as eleições onde Porfirio Lobo foi eleito presidente, foram “legítimas” (apesar de terem sido realizadas em meio a um regime de terror), porque estavam convocadas um mês antes do golpe de Estado.

A CVR surgiu do acordo Guaymuras, San José - Tegucigalpa, negociado pelo deposto Manuel Zelaya e o presidente de facto Roberto Micheletti, sob a mediação da Organização dos Estados Americanos (OEA) e o governo dos Estados Unidos. A comissão, presidida pelo ex-vicepresidente da Guatemala, Eduardo Stein, teve mais quatro integrantes: o ex-embaixador do Canadá nos Estados Unidos e Cuba, Michael Kergin, a ex-ministra de Justiça peruana, María Amadilia Zavala, a reitora e o ex-reitor da Universidade Nacional Autônoma de Honduras, Julieta Castellanos e Jorge Omar Casco, respectivamente.

O mesmo dia da divulgação do relatório, Zelaya, coordenador agora da Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP) que tem reunido nestes dois anos a luta contra o golpe de Estado, esteve numa rodada de imprensa em Tegucigalpa, capital hondurenha, para comentar o novo trabalho. Considerou positivo que se reconhecesse que foi um golpe de Estado o que lhe tirou do governo, mas esclareceu que não foi investigada devidamente a origem desse do golpe, nem quem participou de sua criação. “Não me digam que foram só militares e membros da classe política, também houve civis, e também pessoas do exterior que vieram aqui para a organizar e planificar durante meses, primeiro a composição do caos, o estado de calamidade, para depois cometer o golpe de Estado”, disse Zelaya.

O ex-mandatário acrescentou que também faltou pesquisa no relatório sobre as violações dos direitos humanos em Honduras nestes dois anos e sobre o mandato de matá-lo que tinham aqueles que o capturaram no dia 28 de junho de 2009.

Bertha Oliva tem sido mais contundente com suas críticas. A coordenadora geral da COFADEH rejeitou o relatório da CVR: “creio que a ofensa que têm recebido os familiares das mais de 100 vítimas que nós registramos durante o regime tem sido muito forte”, disse em uma entrevista para televisão dada Dick e Mirian Emanuelsson.

O relatório é uma “tragédia”, porque agora vão dizer que “já começa em Honduras um processo de diálogo, paz e reconciliação”, considerou Oliva. “No fundo continuam os esquadrões, os exílios”, alertou. A ativista acrescentou que não se leva um registro no país das ameaças à “liberdade y a la vida” y que son sistemáticos los ataques a líderes del FNRP y sus familiares.

Oliva lamentó también que el informe de la CVR “deixa pura e limpa a atuação das Forças Armadas e dos militares”, que violaram “a ordem constitucional e cometeram crimes de lesa-pátria”.

A seguir a entrevista realizada por Dick e Mirian Emanuelsson a Bertha Oliva em espanhol.

Bertha Oliva sobre CVR: “Nos vendieron un buen producto a través del circo mediático” from Dick & Mirian Emanuelsson on Vimeo.

Foto: http://www.usmlo.org

(CC) 2011 Radio Mundo Real

Mensajes

¿Quién es usted?
Su mensaje

Este formulario acepta atajos SPIP [->url] {{negrita}} {cursiva} <quote> <code> código HTML <q> <del> <ins>. Para separar párrafos, simplemente deje líneas vacías.

Cerrar

Amigos de la Tierra

Radio Mundo Real 2003 - 2018 Todo el material aquí publicado está bajo una licencia Creative Commons (Atribución - Compartir igual). El sitio está realizado con Spip, software libre especializado en publicaciones web... y hecho con cariño.