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21 de julio de 2011 |

Outros caminhos

Os agronegócios e seu fracasso para combater a fome: debate na África do Sul

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Dezenas de representantes de redes sociais de unos 15 países africanos participaram dias 15 e 16 de julho de uma conferência em Durban, África do Sul, sobre os impactos dos agronegócios na região e a ameaça de sua escalada. O encontro foi organizado pela federação ambientalista Amigos da Terra Internacional (ATI).

“A atual crise alimentar e outras crises internacionais nos levam a construir e promover soluções à fome e à pobreza verdadeiramente sustentáveis, com base nas pessoas”, disse a campanhista da Amigos da Terra Nigéria Mariann Bassey em comunicado de imprensa. A ativista também é a coordenadora da Campanha de Alimentação da Amigos da Terra África.

A conferência da ATI denominada “Agronegócios e políticas de Fome na África: quem são os verdadeiros beneficiários?”, contou com a presença de movimentos e organizações sociais, dentre eles uma delegação da Via Campesina África.

O objetivo foi analisar os impactos e ameaças da expansão dos agronegócios nesse continente, formular estratégias de resistência e promover soluções reais à fome, que surjam dos povos.

ATI lançou no evento, dois relatórios vinculados a estas temáticas, com estudos de casos sobre agricultura em pequena escala, lutas por acesso à terra e proteção da biodiversidade.

Um dos relatórios denomina-se “Mulheres e Soberania Alimentar: As vozes das mulheres rurais do sul”, e fornece um panorama geral da situação das mulheres camponeses no Sul global. Por outro lado, “Pela Terra que nos Alimenta: Experiências de luta e vitórias para continuar construindo soberania alimentar em diversos territórios” é um relatório de estudos de caso que contém exemplos de comunidades e pequenos agricultores que produzem e obtém seus alimentos em nível local e de forma sustentável, ao invés de depender da agricultura em grande escala*.

“A agricultura industrial em grande escala, com base nas exportações, é vista como uma solução à fome e à pobreza, mas de fato é uma das causas da atual crise alimentar”, expressa o comunicado da ATI.
Acrescenta que esse tipo de agricultura “gera roubo de terra e perda de biodiversidade, além disso das supostas ’soluções’, como a especulação com os preços dos alimentos e a comercialização de alimentos como mercadorias”. “Enquanto os lucros das grandes empresas transnacionais do agronegócio continuam crescendo, cada dia existem mais pessoas atingidas pelo fome e a pobreza”, afirma o comunicado ambientalista.

Bassey, presente na conferência em Durban, propôs que “a agricultura em pequena escala desenvolvida pelas comunidades locais, por exemplo, é uma solução muito melhor à fome do que os plantíos de monoculturas e a especulação com o preço dos alimentos”. “Essas soluções de mercado, promovidas pelos agronegócios, somente aumentam a fome e a pobreza. Em ATI, resistimos essas políticas para combater a fome”, porque “reforçam a dependência do país dos alimentos importados, prejudicam o meio ambiente e somente beneficiam os responsáveis da crise”, acrescentou a ativista.

* Versões em espanhol de ambos documentos:

Foto: http://actuable.es

(CC) 2011 Radio Mundo Real

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