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2 de julio de 2012 | | | |

Propriedade intelectual

Fernando Lugo: “O laboratório de tudo isto foi Honduras há três anos, e no Paraguai foi aperfeiçoado”

“Aqui houve uma ruptura da ordem democrática, aqui houve um julgamento político sem razão de ser, foi feito um golpe parlamentar. Existem vários nomes: golpe express; Cristina Kirchner mencionou que trata-se de um golpe suave. O laboratório de tudo isto foi Honduras há três anos, e aqui no Paraguai foi aperfeiçoado”, afirmou o deposto presidente paraguaio.

O presidente constitucional paraguaio Fernando Lugo foi entrevistado na sexta-feira 29 de junio pela União Internacional de Trabalhadores da Alimentação (UITA). Na entrevista fala do papel das mídias privados no golpe parlamentar contra ele, e anuncia que vai percorrer todo o Paraguai para tomar contato com a resistência à ditadura de Federico Franco organizada em mais de 40 pontos de todo o país.

“As mídias privadas que respondem a certos interesses, querem dar a impressão de que aqui não tem acontecido nada, que houve uma sucessão natural de mudança de Presidente da República. Ao mesmo tempo não informam sobre os mais de 40 espaços e lugares de resistência ativos, e a solidariedade internacional que confirmam que aqui aconteceu algo. Aqui houve uma ruptura da ordem democrática, aqui houve um julgamento político sem razão de ser, foi feito golpe parlamentar. Há vários nomes: golpe express; Cristina Kirchner mencionou que trata-se de um golpe suave. O laboratório de tudo isto foi Honduras há três anos, e aqui no Paraguai foi aperfeiçoado” disse Lugo nessa entrevista publicada no site desse sindicato.
O presidente descreveu da seguinte maneira a “resistência pacífica”: “Nos 40 piquetes que têm sido realizados não tem havido violência.

Hoje, a ponte que nos une com o Brasil foi fechada durante duas horas, com gente do Paraguai e brasileira. A ponte que nos une com a Argentina, em Encarnación, também foi fechada. As pessoas estão expressando seu descontentamento, sua indignação. Há uma sã e pacífica indignação cidadã. Mas estas manifestações não aparecem na imprensa. Estamos recorrendo à Corte Suprema de Justiça e às instâncias internacionais competentes, como a Corte Interamericana de Direitos Humanos, porque acreditamos que isto foi injusto e foi violada a vontade popular e as garantias do justo processo”.

“Em sete departamentos houve fortes expressões de repúdio ao golpe, e isto continuará, porque cremos que a vontade popular expressada no dia 20 de abril de 2008 foi quebrada com este julgamento político ou golpe parlamentar”, afirma Lugo na entrevista.
Sobre os que estão por trás do golpe, Lugo é claro: “Grupos que nunca mostram os rostos. Grupos econômicos, também a classe política tradicional, que não aceita que neste país possa haver práticas políticas diferentes, práticas políticas que não se baseiam no clientelismo nem no “prebendarismo”, que são comuns dos partidos tradicionais que agora se uniram no golpe por primeira vez na história”.

Fonte: http://www.rel-uita.org/internacional/con_fernando_lugo.htm
Foto: Rel-UITA

(CC) 2012 Radio Mundo Real

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