24 de junio de 2010 | Entrevistas | Derechos humanos
Traidor
Sepultado campesino morto em Honduras: o Movimento Unificado de Campesinos de Aguán (MUCA) intensifica a luta.
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O corpo do campesino morto por forças policiais, militares e de segurança no último domingo no Vale de Aguán em Honduras continha diversos sinais de tortura. Os outros cinco campesinos presos também foram torturados; todos eles pertencentes ao Movimento Unificado de Campesinos de Aguán (MUCA).
Oscar Geovanny Ramírez, de 17 anos, foi seqüestrado na madrugada do domingo fora da propriedade rural La Aurora (próxima a cidade de Tocoa, no estado de Colón) por forças de segurança do empresário e produtor palmeiro Miguel Facussé, o Exército e a Polícia Nacional.
O jovem foi torturado e assassinado, e, logo após, as três forças atiraram contra a propriedade rural e abandonaram ali o corpo de Ramírez. Assim contou à Radio Mundo Real o dirigente do MUCA e da Frente Naional de Resistência Popular de Honduras, Wilfredo Paz.
O campesino também relatou que seus cinco companheiros detidos saíram de La Aurora em perfeito estado e, entretanto, na segunda feira estavam internados com forte guarda policial, apresentando todos múltiplos ferimentos, o que revela a tortura a que foram submetidos. “Eles saíram ilesos de La Aurora”, conta Paz.
MUCA se encontra assentado em cinco fazendas, uma das quais La Aurora, após a assinatura de um acordo com o governo no dia 18 de abril, pelo qual deveria receber 11.000 hectares de terras.
Parte do acordo correspondia ao fim dos ataques contra os campesinos.
Para o MUCA o retrocesso no processo de negociações é latente.
Paz acusou Facussé de realizar uma campanha de boicote para que não se cumpra o acordado com o governo.
dirigente campesino explicou que o acordo foi violado várias vezes e disse que neste momento o MUCA está em estado de alerta.
Advertiu que caso não se cumpra o acordo firmado em 90 dias, o movimento voltará a tomar as 28 fazendas que havia ocupado antes da assinatura do convênio.
