Radio Mundo Real
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14 de septiembre de 2009 | Noticias | Industrias extractivas
Mineração, não
Comunidades opõem-se ao projeto minerador Crucitas na Costa Rica
Na Costa Rica, habitantes das zonas que serão atingidas pelo projeto Crucitas exigiram à justiça de seu país que impeça o desenvolvimento do projeto extrativo.
Enquanto a mineradora Industrias Infinito, subsidiária da transnacional canadense Infinito Gold Ltda., afirma em seu site que o projeto Crucitas não contaminará a zona e que serão tomadas todas as precauções possíveis para cumprir com as normas ambientais, os habitantes de Ciudad Quesada elaboraram uma lista de 26 pontos onde se resume os motivos que desmentem à companhia mineradora.
Isto foi apresentado nesta semana aos magistrados da Sala Constitucional, e nela se explicita que a empresa não cumpriu com os estudos de impacto ambiental requeridos e que utilizará cianeto para suas atividades, o que “representa um grave risco para o ambiente que não tem sido avaliado em sua dimensão real”.
Afirma-se ainda que “em Crucitas existem antecedentes de descumprimento ambiental e consequentes sanções”, e que este projeto minerador “produzirá a ruptura de dois aquíferos, um superficial e outro regional, cujos impactos ambientais só tem sido valorizados em nível local sob a área do projeto, sem que tenham sido avaliados corretamente dentro da bacía hidrogeológica e considerando efeitos em longo prazo”.
Outro dos pontos indica que “a empresa Crucitas tem informado que vai trazer grande quantidade de dinheiro através de impostos para o país, superando em muito o custo ambiental do projeto. No entanto, o balanço entre custos ambientais e benefícios econômicos deve levar em conta uma série de elementos que não têm sido incluídos na avaliação de custo/beneficio e que finalmente, conclui que os benefícios netos do projeto para o país seráo muito reduzidos e inclusive, no longo prazo, até negativos”.
Finalmente, indica-se que este projeto abrirá o caminho para que outros se instalem sobre áreas muito sensíveis ambientalmente, onde “as mineradoras vão exigir que lhes seja aplicada a mesma receita que tem se aplicado com Crucitas”.