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12 de enero de 2011 | |

História repetida

Camponeses colombianos entram na justiça contra a BP por danos ambientais

Um grupo composto por 73 camponeses colombianos entrou com uma ação judicial em Londres contra a gigante petroleura britânica British Petroleum (BP), acusando a empresa de ter atuado de forma negligente na construção do oleoduto “Ocensa” na Colômbia, afirmando que não cumpriu com os procedimentos de segurança ambiental.

Conforme o jornal inglês The Guardian, os camponeses afirmam que este comportamento provocou danos irreparáveis a seus cultivos e seus animais, já que as águas contaminadas pela petroleira teriam provocado erosão e prejudicado os solos, bem como atingido os lugares de armazenamento de água potável e embalses de peixes.

Os advogados que representam os camponeses no tribunal de Londres pediram a realização uma pesquisa científica para confirmar as denúncias, onde também se acusa o Ministério de Meio Ambiente colombiano de fazer um controle “inadequado e defeituoso” do projeto da BP.

Se o tribunal aceita as provas de dano ambiental que introduzem camponeses, poderia estar se abrindo caminho para demandas similares de comunidades atingidas por oleodutos, indicou The Guardian.

Embora BP indica que não foi negligente e que a erosão do solo deve-se às atividades dos camponeses, um relatório revelado nesta quarta-feira sobre sua participação no desastre acontecido no Golfo de México revela novamente sua negligência na extração de petróleo.

No relatório da comissão presidencial designada pelo governo dos Estados Unidos que teve que avaliar o desastre do dia 20 de abril -quando a explosão da plataforma "Deepwater Horizon" causou a morte de vários operários e derramou cinco milhões de barris de petróleo ao Golfo- indica-se que BP cometeu “erros evitáveis”, que faze parte de “falhas sistêmicas” da indústria petroleira.

Bob Graham, co-presidente da comissão, disse que uma das conclusões fundamentais da pesquisa levada adiante durante seis meses era de que a catástrofe “não tinha por quê acontecer”, já que era “previsível e prevenível”.

Por isso, a comissão recomendou adequar a estrutura institucional estadunidense para lidar com as perfurações em alta mar e os vertidos, e elevar o limite das multas às empresas que atuam de forma negligente, que atualmente situa-se em 75 milhões de dólares.

Imagen: http://www.prwatch.org

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