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7 de agosto de 2013 | | | | | | | | |

Avanço qualitativo

A I Assembleia da Aliança pela Soberania Alimentar termina de forma bem-sucedida

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Vinte e três redes, movimentos e organizações da América Latina e do Caribe, acompanhados por onze organizações colombianas terminaram nesta terça-feira 6 de agosto em Bogotá, capital da Colômbia, a I Assembleia da Aliança pela Soberania Alimentar da América Latina e Caribe.

Além de prosseguir com o enriquecimento do conceito da Soberania Alimentar e a luta por ela, a jornada foi realizada com um interesse especial em apoiar as organizações sociais e o povo da Colômbia que buscam uma saída definitiva e com justiça social ao conflito armado, aos desalojamentos de milhões de camponesas e camponeses, de indígenas e afrodescendentes, e ao conflito ambiental atual nesse país sul-americano.

Com uma trajetória de mais de onze anos que inclui a participação em Conferências Especiais sobre Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural, consultas sobre diretrizes para o uso e a propriedade de terras, florestas e ecossistemas marinhos, entre outros, mas também de mobilização e construção unitária popular, a Aliança sintetiza os debates e as articulações que originaram a discussão mundial da Soberania Alimentar.

Para Francisca Rodríguez, integrante da Coordenadora Latino-americana de Organizações do Campo -CLOC Via Campesina- “todo esse trânsito contribuiu para fortalecer nossas alianças, construir confianças e propostas”. “Como avanço qualitativo deste processo, o desafio atual consiste em aprofundar a acumulação de forças populares para nossa soberania”.

Por sua vez, Tatiana Roa, integrante do Comitê Executivo da Amigos da Terra Internacional, e coordenadora de CENSAT Água Viva, afirmou que “a Aliança consolidada hoje constitui uma confluência de redes e movimentos regionais e sub-regionais que se propõe ser uma força de unidade dos povos que lutam pela Soberania Alimentar, como elemento substancial na construção de um novo modelo de sociedade baseado no Bem Viver e na Soberania Popular”.

Os mais de 50 delegados internacionais de organizações camponesas, indígenas, afrodescendentes, de pescadores, de mulheres, jovens, assalariados rurais, ambientalistas e produtores agroecológicos, como sujeito coletivo apresentaram o compromisso de levar adiante a luta pela Soberania Alimentar assumindo ela como princípio, visão, herança, direito e dever construído pelos Povos, e fortalecer a Aliança como plataforma aglomeradora, e proposta para a sociedade em seu conjunto.

Os debates dos dois dias de trabalho destacaram a necessidade da defesa dos territórios e a biodiversidade como condição necessária para enfrentar a apropriação, a exploração em grande escala, o extrativismo e a privatização dos bens comuns. Assim, como proposta para a construção de alternativas ao modelo de desenvolvimento capitalista, a Agroecologia é apresentada como modo de vida que recupera o perdido, uma conexão com os saberes ancestrais e uma força que resgata os mercados locais como parte fundamental da preservação de valores e saberes comunitários.

Para Carlos Vicente, membro da organização GRAIN, a alimentação não é uma mercadoria, mas sim um Direito Humano reconhecido pelos Estados a partir de diversos instrumentos jurídicos internacionais.

A finalização da Assembleia esteve marcado pela reiteração do compromisso conjunto por continuar fortalecendo a Aliança e alimentá-la com a integração de novas articulações diante do esgotamento de um modelo de desenvolvimento que sobre a base do extrativismo em suas diferentes formas marca a permanência de séculos de desapossamento e extermínio.

No áudio anexo, a leitura da Declaração Final da Assembleia, por parte de representantes indígenas e afrodescendentes colombianas, e a versão em PDF da Declaração de Bogotá.

(CC) 2013 Radio Mundo Real

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