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24 de Fevereiro de 2010 | Informes especiales
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O início de uma área de agroecologia da comunidade de produtores de Sauce, em Canelones, Uruguai, foi uma verdadeira festa de celebração deste novo caminho.
Situada na zona mais granjeira do sul do país, a Associação de Pequenos e Médios Produtores de Villanueva de Sauce reúne 300 horticultores, fruticultores e pequenos pecuaristas. Tomates, pêssegos, pimentão, cebolas e milho são a principal produção.
Javier Risso é horticultor em estufas e conta que há três anos vem mudando sua tecnologia para uma produção integrada, empregando ferramentas da agricultura orgânica.
Com a presença de crianças, produtores, autoridades municipais, moradores de Sauce e também representantes da Rede de Grupos de Mulheres Rurais, a atividade mostrou a expectativa que existe na comunidade pela exploração de caminhos alternativos que visem a soberania alimentar.
Durante o ato, o produtor orgânico Pablo Calleros manifestou que se bem a reconversão da produção convencional à orgânica é um processo que requer tempo e capacitação, o objetivo desta nova equipe de trabalho é atingir a incorporação gradativa de “práticas agroecológicas”.
A comunidade de Sauce conhece dos embates do agronegócio: os últimos dois anos um forte movimento de moradores repudiou o cultivo de soja transgênica em campos arrendados por uma empresa avícola e gerou uma comissão especial para analisar o uso dos solos na órbita municipal.
Hoje em dia Canelones –o principal território produtor de alimentos do país- é considerado livre de fumigações aéreas devido, em parte, a esse processo de base.
Gustavo Cabrera, representante da Comissão Nacional de Fomento Rural (CNFR), organização que reúne os produtores familiares uruguaios destacou a iniciativa de buscar novos caminhos alternativos ao modelo do agronegócio ao que definiu como “concentrador da riqueza e excludente” e que “únicamente visualiza as pessoas como mão-de-obra”.
Para ele, a atitude dos produtores de Sauce servirá para exemplificar outras organizações que é necessário e possível explorar outros caminhos. “Na medida em que isto se torne visível é um faro que vai iluminar outros muitos produtores”, disse Cabrera.
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