Por exemplo, o Colégio de Professores de Ensino Médio de Honduras (Copemh) denunciou domingo 27 de dezembro através de um comunicado que sua sede central havia sido militarizada, em plenas férias de magistério.
Responsabilizaram Lobo por continuar com as políticas neoliberais tendentes a privatizar o ensino “em toda a área mesoamericana”, e que tem arremetido contra o Copemh porque o identifica como um ator que poderia deter esse processo, conforme a Rede Morazânica de Informação.

“Com o ensino em mãos da oligarquia e dos empresários acaba-se com o livre pensamento e em troca eles geram milhões de lucros”, afirmam os professores, que em 2010 se mobilizaram contra a implementação da nova Lei Geral de Educação.

Por outro lado, e conforme Morazánica, o Movimento de Mulheres pela Paz “Visitación Padilla” –também conhecido como Las Chonas-, informou que no dia 21 de dezembro foi assaltada sua sede em Tegucigalpa.

Os agressores escolheram alguns documentos e também entraram nos computadores do local. A organização de mulheres considera que esse fato delitivo é “uma manifestação mais da permanente vigilância, assédio, perseguição e repressão das quais somos objeto por nos resistirmos, desobedecer e ignorar o regime de Porfirio Lobo Sosa”.

Por outro lado, o Comitê de Familiares de Detidos Desaparecidos em Honduras (Cofadeh) responsabilizou no dia 15 de dezembro um grupo de juízes e de fiscais do Ministério Público (MP) pela tentativa de sequestrar documentação confidencial

Nesse mesmo dia foi detida uma das integrantes desta organização, Elba Rubio, que também é jornalista da rádio comunitária La Voz de Zacate Grande. Ela, junto a outra integrante da emissora, Elia Hernández, deverão comparecer a um juizado no próximo 11 de janeiro, acusadas pelo delito de desobediência.

A decisão foi tomada pelo juizado do município de Amapala, após a detenção de Hernández e Rubio, durante o desalojamento de famílias camponesas na comunidade de Coyolito, na ilha de Zacate Grande.

Estes episódios arbitrários foram denunciados pela Associação Mundial de Rádios Comunitarias – América Latina e Caribe (AMARC ALC), que exigiu às autoridades hondurenhas a imediata anulação do processo penal, conforme a agência de notícias Púlsar.

Foto: Agência Púlsar