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30 de Novembro de 2011 | | |

“Parem de roubar hoje, o futuro do amanhã”

As vozes dos movimentos sociais africanos: protestos a metros da COP

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Na terça-feira foi realizada em Durban (África do Sul) uma ação contra os mercados de carbono, as compensações de emissões e outras falsas soluções, e exigindo de urgentes e radicais cortes de emissões contaminantes. O protesto foi realizado a poucos metros do Centro Internacional de Convenções da cidade, onde são feitas as negociações da ONU sobre mudança climática.

A manifestação foi organizada por Amigos da Terra Internacional, a Aliança Panafricana de Justiça Climática e a rede Jubileu Sul.

“Descordamos totalmente com o comércio de carbono, com os Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL). Demandamos a extensão do Protocolo de Kioto e compromissos vinculantes”, disse à Rádio Mundo Real durante o protesto, a ativista sul-africana Faith ka-Manzi, do Centro para a Sociedade Civil, parte da Aliança Pan-africana de Justiça Climática.

O MDL é um instrumento presente no Protocolo de Kioto que serve para que os países do Norte compensem suas emissões contaminantes financiando projetos considerados “limpos” nos estados do Sul global.

Esses projetos geram os chamados “certificados de redução de emissões”, que são comprados pelos países desenvolvidos e logo comercializados no mercado de carbono. A compra desses certificados permite por sua vez que os países ricos fiquem isentos de uma parte das reduções de emissões as quais estão obrigados pelo o Protocolo de Kioto. É por isso que diversos movimentos e organizações sociais em todo o mundo dizem que o MDL e o comércio de carbono são “falsas soluções à mudança climática”, já que os países ricos evitam reduzir suas emissões em nível nacional.

Na conversa com Rádio Mundo Real ka-Manzi exigiu aos países que “deixem os combustíveis fósseis no solo” e que invistam mais fundos em energias renováveis, ao invés de continuar apostando nas grandes indústrias sujas. Disse ainda que espera que o Banco Mundial fique por fora da administração do financiamento climático mundial e criticou a ONU “porque não sabemos quais interesses está representando”.

A ativista e jornalista sul-africana reivindicou ainda a necessidade de que seja criado um Tribunal do Clima que julgue os países industrializados “que estão expandindo a mudança climática”, aos que considerou “irresponsáveis” e “criminais”. “Queremos dizer à eles: parem de roubar hoje o futuro do amanhã”, concluiu ka-Manzi.

Veja o vídeo em inglês da entrevista com ka-Manzi.

Foto: http://www.flickr.com/photos/foei

(CC) 2011 Radio Monde Réel

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