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2 de Maio de 2012 | | |

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Guatemala: repressão e morte para impor um megaprojeto que a comunidade rejeita

Um líder comunitário assassinado, dois feridos gravemente e a declaração de estado de exceção com a conseguinte perda de garantias para a população é o saldo de um novo acontecimento de violência no município guatemalteco de Santa Cruz Barillas, onde a defesa do território contra um megaprojeto hidrelétrico já se transformou em uma saga de repressão, impunidade e morte.

No dia 1º de maio ao meio-dia um conjunto de homens armados emboscaram três líderes comunitários que voltavam do município de Santa Cruz Barillas a sua comunidade próxima à Posa Verde. Precisamente nesta região a empresa Hidro Santa Cruz pressiona para construir uma hidrelétrica o que tem sido fortemente resistido pelas comunidades que serão atingidos, inclusive através de consultas massivas nas que tem sido rejeitado esse projeto.

Como saldo do atentado morreu Andrés Francisco Miguel, enquanto que seus companheiros e vizinhos de Pablo Antonio Pablo e Esteban Bernabé, que se negaram vender suas terras e foram perseguidos judicialmente pela empresa, foram gravemente feridos.

As pessoas feridas e testemunhas da morte de Andrés Francisco Miguel contaram que seus agressores transportavam-se em veículos similares aos da empresa Hidro Santa Cruz, pelo que a população assumiu que este ato foi promovido por pessoas vinculadas a essa empresa.

Isso têm relação com a denúncia que foi feita há duas semanas às autoridades correspondentes a existência de explosivos caseiros nas instalações da empresa. A isso somam-se as ações de intimidação que a empresa tem promovido para fazer valer seus interesses como a perseguição judicial, cooptação de líderes e ameaças telefônicas.

Foi o que disse à Rádio Mundo Real, o integrante da Assembleia Departamental pela Defesa do Território de Huehuetenango (ADH), Francisco Rocael Mateo Morales, que indicou que o governo do autoritário Otto Pérez Molina tem declarado estado de exceção na região de Santa Cruz Barillas, causando prisões e invasões de domicilio contra líderes da resistência à hidrelétrica.

Por sua vez, a coordenadora da organização CEIBA (Amigos da Terra Guatemala) disse à Rádio Mundo Real que é necessária a atenção de organismos nacionais e internacionais de Direitos Humanos para zelar pelos direitos das comunidades.

A situação era grave ao dia seguinte dos acontecimentos; por isso as organizações comunitárias e acompanhantes (de Direitos Humanos, ambientalistas, entre outras) exigiam uma revisão administrativa imediata do expediente e a suspensão da licença de construção e operação da Hidrelétrica Cambalam, como também a retirada da empresa da zona e o início de uma investigação com garantias para as comunidades que permita esclarecer o caso, e julgar os responsáveis diretos e indiretos.

Ao mesmo tempo a informação foi divulgada em nível internacional, e avaliou-se a realização de ações urgentes que detenham as violações dos Direitos Humanos nessa região guatemalteca.

(CC) 2012 Radio Monde Réel

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