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7 de Novembro de 2012 | | | |

Resistir e transformar

Entrevista com Cristian Santiago do MOVIAC-México

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No segundo dia da Conferência internacional Mudanças climáticas, territórios e movimentos sociais, foram apresentados os balanços e estratégias do Movimento de Vítimas e de Atingidos pelas Mudanças Climáticas -MOVIAC. A apresentação da delegação do México foi feita por diferentes vozes de homens e mulheres que falaram do contexto em que se desenvolve sua articulação com as particularidades próprias do país mesoamericano. Também foi apresentado seu plano de trabalho e seu enfoque de articulação no território mexicano.

Rádio Mundo Real entrevistou em San Salvador Cristian Santiago, integrante do Movimento Mexicano de Alternativas aos Impactos Ambientais e às Mudanças Climáticas -MOVIAC México.

Para Santiago, o contexto em que ocorre a crise climática tem a ver com “a usurpação de terras, introdução de transgênicos, de plantações para biocombustíveis, que nem sequer estão beneficiando os próprios agricultores que estão substituindo os cultivos tradicionais para o autoconsumo; supostamente lhes prometem que o mercado vai a dar-lhes benefícios e assim vão ter dinheiro para comprar comida”.

Para o MOVIAC México, esta é uma das falsas soluções que atinge as comunidades camponesas e os povos originários, como também são falsas soluções os parques eólicos e as barragens promovidas pelos governos neoliberais.

Uma das estratégias priorizadas pelo MOVIAC tem a ver com a recomposição de articulações que têm sido bloqueadas pelos governos mexicanos e seus programas assistencialistas, e inclusive com a promoção de grupos paramilitares “por isso tem se analisado a importância da rearticulação, da reconciliação dos movimentos que por diversos motivos se dividiram, se distanciaram e que agora vemos que se não nos unimos e reunimos, sobretudo em um nível mesoamericano e latinoamericano, não vamos poder enfrentar este modelo de extração exploração de bens comuns” disse Santiago.

Para o antropólogo e ativista “a defesa da terra e o território parte também da própria visão dos povos indígenas e camponeses, então parece que a articulação que estamos tentando realizar no estado de Chiapas, e que está acontecendo em muitos outros lugares do país, ocorre através da defesa da terra, da cultura e da espiritualidade”.

O plano programático da articulação mexicana representa um trabalho de formação nas comunidades em relação às principais ameaças e conflitos ambientais, privilegiando a mobilização, a organização e a busca de alternativas às mudanças climáticas. Por isso, o MOVIAC em seu capítulo mexicano destaca que além de resistir é preciso transformar.

Sobre as possibilidades e avanços futuros para a articulação do MOVIAC no conjunto mesoamericano, e os avanços na Conferência Internacional, Cristian Santiago indicou a necessidade de “poder estabelecer uma agenda comum a partir deste encontro.

Estamos enfrentados às mesmas companhias, por esta mesma situação de exploração da natureza e temos que organizar-nos também em termos regionais, se os capitalistas se organizam de forma transnacional, nós também temos essa possibilidade”.

(CC) 2012 Radio Monde Réel

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