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11 de enero de 2011 | | | |

Repressão permanente

Honduras: continuam as ameaças, sequestros e torturas em Bajo Aguán

Juan Ramón Chinchilla é um militante do Movimiento Unificado Camponês de Aguán (MUCA) e da Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP) de Honduras. No sábado 8 de janeiro foi sequestrado ao sair de um centro comercial na comunidade de La Concepción e permaneceu as seguintes 48 horas em cativeiro.

Conseguiu escapar e quando o encontraram tinha sinais de ter sido torturado, agredido, e cm queimaduras no cabelo e nos braços, conforme a mídia hondurenha.

“Eram muitas pessoas, quase todas tinham uniformes de militares, policiais e das guardas privadas de Miguel Facussé”, contou Chinchilla, em entrevista com o jornalista Giorgio Trucchi, que publicou nota hoje, terça-feira 11 de janeira, na Rel-UITA.

Facussé é um personagem tristemente célebre na zona do Vale de Aguán. Este empresário dedicado à produção de palma africana aparece como o responsável, junto com seu exército privado, pela maioria dos assassinatos e violações de direitos humanos cometidos nesta convulsionada zona de Honduras.

Tanto o MUCA como a FNRP têm denunciado a atitude de Facussé, e de outros empresários da zona, e alertado sobre sua cumplicidade com o regime ditatorial de Porfirio Lobo.

Na conversação com Rel-UITA, Chinchilla contou em detalhe, os fatos. “Me levantaram e me mostraram uma mesa onde tinham ferramentas de tortura. Começaram a falar entre eles. Diziam: que vamos fazer primeiro? Vamos lhe arrancar uma unha ou vamos queimá-lo?”.

Logo, o dirigente camponês foi agredido na cara, teve o cabelo queimado, e foi ameaçado de ser queimado. “Havia vários estrangeiros. Alguns falavam inglês, e outros falavam um idioma que não pude entender”, acrescentou Juan Ramon Chinchilla.

Foto: //www.rel-uita.org/

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