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29 de junio de 2011 | | | |

Uma forma de ser

Mobilização aos dois anos do golpe em Honduras foi reprimida

O regime golpista de Honduras tem uma linha bem definida: foi reprimindo que chegou ao poder no dia 28 de junho de 2009, manteve essas práticas contra os direitos humanos durante os seguintes 24 meses e ratificou-a ontem, atacando com gases lacrimogêneos as mobilizações pelo segundo aniversário da queda da democracia.

Desta vez os que levaram a pior parte foram os hondurenhos que chegaram até a base militar de Palmerola para exigir a saída de tropas estadunidenses e o fim da militarização em toda a América Latina.

“Dirigíamo-nos até a entrada principal da maior base militar estadunidense da região, quando a polícia nos atacou com gases", disse à Prensa Latina a coordenadora do Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras (COPINH), Bertha Cáceres.

Prensa Latina informou que durante o protesto desta terça-feira 28 de junho militares e policiais bateram em militantes da Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP), a maior referência nacional depois do golpe contra Manuel Zelaya.

Os manifestantes que chegaram até Palmerola responsabilizaram os Estados Unidos pelo papel que desempenhou durante todo o processo do golpe. Enquanto isto acontecia, uma caravana liderada por Zelaya chegava até San Pedro Sula, a segunda cidade mais importante do país.

Allí Zelaya destacou a importância que teria a instalação de uma Assembleia Constituinte, enquanto que Juan Barahona, sub-coordenador geral da FNRP, denunciou, segundo Telesul, que um dos principais responsáveis pelo golpe, o general Romeo Vásquez, está atualmente dirigindo a empresa nacional de comunicações Hondutel.

Uma reportagem da agência ALER recolhe depoimentos de hondurenhos há dois anos do Golpe de Estado, onde reclamam por temas como a cesta básica, os preços dos combustíveis, os problemas da educação, a mortalidade infantil.

“Os golpistas estão consolidados”. “O país é um caos”. “Graças a deus estamos com vida” são algumas das frases presentes na reportagem da ALER.

“Diziam que a história de Honduras podia se escrever em uma lágrima. Mas outro poeta dizia que a histpiria de Honduras pode ser escrita em uma lágrima, em um fuzil e uma gota de sangue”, reflete um integrante da Frente Nacional de Juventudes em Resistência, na reportagem da ALER.

Foto: Kaosenlared.net

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