16 de julio de 2009 | Noticias | Honduras libre | Derechos humanos
Um dia depois de que o presidente derrocado de Honduras, Manuel Zelaya, desse um ultimatum ao governo de fato para que se restaure a ordem democrática no país e chamasse à ressurreiçao o povo hondurenho, organizaçoes sociais e sindicatos afirmam que vao manter os protestos nas ruas e ocupar “pontos estratégicos” em Tegucigalpa, San Pedro Sula e em outras localidades.
A resposta do regime de fato foi reestabelecer o toque de recolher , uma medida que se havia suspendido no início desta semana.
"Solicitamos a compreensao da populaçao e fazemos um chamado a acatar esta disposiçao adotada com o objetivo de proteger a segurança das pessoas e de seus bens e garantir a ordem e a paz social”, menciona o promotor do governo ditatorial, argumentando que a medida era necessária para contrarrestar “ as contínuas e abertas ameaças por parte de grupos que buscam provocar distúrbios e desordem em alguns lugares” do país.
As organizaçoes sociais e sindicais que promovem as medidas- entre as que está uma paralisaçao nacional que será aplicada na quinta e sexta -feira , a tomada de edifícios públicos e a interdiçao de estradas- afirmam que o povo “ nao abandonará a rua” até que se estabeleça novamente o governo democrático.
Por outro lado, o presidente de fato, Roberto Micheletti, disse em uma roda de imprensa que estaria disposto a renunciar, entretanto sua demissao está condicionada a que Zelaya nao regressasse ao país.
A promotria do governo de fato insistiu que se o presidente constitucional decide voltar a Honduras, será preso. “ A captura será levada a cabo”, afirmou o promotor General Luis Rubí.
Nesta quinta-feira, o governo de Costa Rica anunciou que no sábado continuarao as conversaçoes em San José entre o governo de fato e o de fato em Honduras, algo que foi criticado por organizaçoes sociais desse país já que consideraram incorreto que se otorgue o mesmo estatus ao governo de Zelaya e ao de Micheletti.
Jorge Coronado, porta-voz da Comissao de Enlace de Costa Rica, anunciou que uma manifestaçao se desenvolveria em San José para protestar contra esse fato. “ A manifestaçao do sábado nao é apenas um protesto contra a presença dos golpistas no país, senao também contra a mediaçao do presidente Arias ( Costa Rica), que poe no mesmo nível um governo eleito democraticamente e um surgido de um golpe de Estado”, afirmou Coronado, segundo informou a agência EFE.
Além disso, Coronado explicou que ao mesmo tempo que se desenvolvem as manifestaçoes dentro de Honduras ,será levado a cabo bloqueios de fronteiras, promovidos pelos sindicatos cenroamericanos como forma de pressionar o regime de fato.