Trata-se da camponesa Luz Piedad Mazo Orrego que junto a sua comunidade dedicada à coleta de minerais no rio Cauca foi desalojada em maio de 2011 rio no departamento de Antioquia.

Conforme o Movimento Ríos Vivos, desde antes do desalojamento, a polícia estava presente na zona e havia marcado, estigmatizado e ameaçado a líder por mostrar sua oposição ao megaprojeto e à ação da EPM na zona.

Luz Piedad e outros membros de sua comunidade fizeram filmações caseiras que mostram como suas casas foram destruídas e queimadas, suas ferramentas de trabalho e utensílios pessoais jogadas ao rio, além dos insultos, ameaças e maltratos.
Luz Piedad e sua família tiveram que ir até a cidade de Medellín e no dia 8 de julho, dois desconhecidos entraram em sua casa e pequeno comércio de comidas onde ameaçaram ela e insultaram-na, exigindo-lhe as filmações.

A poucos dias destes fatos, outro integrante do Movimento, Jorge Mario García, foi preso de forma irregular por parte del Exército, que esteve amarrado e incomunicado durante sete horas, procedimento em que participaram vários atores públicos.

Ambos líderes do Movimento estiveram entre os que foram capturados ilegalmente no dia 16 de março deste ano durante uma repressão massiva contra os atingidos pelo projeto Hidroituango. Enquanto isso, há quatro meses as vítimas está em Medellín à espera de uma resposta do governo do departamento e das autoridades dos municípios atingidos.

Sobre esta situação, a integrante do Movimento Isabel Cristina Zuleta disse à Contagio Radio de Bogotá que apesar das denúncias realizadas e os pedidos de proteção coletiva feitas no ano passado não tiveram resposta da Procuradoria e outras autoridades.
Ouça algumas das declarações, assim como um vídeo onde é possível ver as detenções arbitrárias realizadas em março à beira do Río Cauca de integrantes do Movimento Rios Vivos.

Fuente video: http://defensaterritorios.wordpress.com/