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10 de Fevereiro de 2010 | | |

A voz do capital

Brasil: Sindicatos da imprensa criticam reportagens da grande mídia sobre prisão de sem terra

A Rede Globo forneceu as imagens à justiça e os integrantes do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que haviam ocupado terras da multinacional citrícola Cutrale acabaram em prisão. A parcialidade continuou durante toda a cobertura do processo judicial realizado pela grande mídia do Brasil.

É o que denuncia o Sindicato de Jornalistas de São Paulo e a Federação Nacional de Jornalistas, que divulgaram ontem um comunicado de repúdio à perspectiva que a grande mídia deu sobre este episódio.

Os sindicatos afirmam que a imprensa nacional agiu com pouca ética e não levou em conta o ponto-de-vista dos sem-terra.

“É obrigação do jornalismo apresentar os argumentos de ambos lados”, denuncia o sindicato no documento, e depois acrescenta que “lamentavelmente” os membros do MST têm sido apresentados à opinião pública como “usurpadores de propriedade alheia”, mas sem dar-lhes o “direito básico” de se pronunciar ao respeito.

Vale lembrar que a Cutrale, controla cerca de 60 porcento do negócio mundial da produção de laranja e possui uma aliança estratégica com a estadunidense Coca-Cola. Ambas empresas estão sendo denunciadas pelo MST e seus aliados internacionais, que exigem a liberação dos nove integrantes do movimento que ocuparam a fazenda em outubro do ano passado.

Esses terrenos fiscais são exigidos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), mas a Cutrale recorreu à justiça para impedir a desapropriação, pedida pelo MST para a reforma agrária.

Os sindicatos da imprensa denunciam que a disputa judicial para definir quem são os proprietários das terras, nem mais nem menos, não tem tido o destaque merecido na cobertura das grandes mídias brasileiros.

Por sua vez, os sem-terra se mobilizarão hoje em São Paulo contra a “criminalização dos movimentos sociais”, e para pedir a liberação dos nove militantes.

“Transformar o problema agrário brasileiro num crime comum tem sido a tática dos setores mais conservadores e truculentos da sociedade brasileira. É um atraso que pode impedir o avanço e o desenvolvimento do país com verdadeira justiça social”, diz a convocatória do MST para esta tarde.

Ilustração: Latuff

(CC) 2010 Radio Monde Réel

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