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15 de Setembro de 2010 | Notícias | Justiça climática e energia
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Neste ano as comunidades salvadorenhas de Bajo Lempa e da Baía de Jiquilisco estão sofrendo os impactos das fortes chuvas, como há doze meses sofreram as secas. As vias de acesso e as estradas estão intransitáveis pelo barro, os alimentos são poucos, as doenças aumentam, e as respostas do governo não aparecem.
A tempestade Agatha, que assolou o país no fim de maio, saturou os solos cultivados e as chuvas posteriores têm aumentado o nível de água nos terrenos, acabando com cultivos. Além disso, o mangue está alagado, o que impede a pesca e caça de caranguejos.
Quem conta esta situação é José Acosta, de CESTA-Amigos da Terra El Salvador, uma das organizações trabalha com as comunidades da região de Bajo Lempa e a Bahía de Jiquilisco.
“As instituições de governo como as municipalidades locais só atendem as necessidades da população no momento da emergência, depois se esquecem”, afirmou o dirigente ambientalista, em entrevista à Rádio Mundo Real.
Acosta contou que esta situação “não é totalmente estranha” para os habitantes desta zona do país já que enfrentam inundações a cada inverno, mas o que é diferente neste ano é que as chuvas têm sido mais frequentes e mais intensas.
“Outros habitantes da mesma região, fazem uma análise mais profunda, para Gilberto Berríos, este inverno anormal demonstra que a mudança climática é uma realidade. Os funcionários do governo também têm relacionado a intensidade das chuvas com a mudança climática, afirmando que os próximos meses serão ainda mais chuvosos”, disse Acosta.
O ativista concluiu: “os principais líderes políticos do planeta continuarão se reunindo para negociar acordos sobre mudança climática ou para não chegar a nenhum compromisso. Cultivos perdidos, alimentos escassos, muitas doenças, são frases que para eles não significam nada. Enquanto continuam sendo os pobres os que enfrentam estas calamidades”.
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