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27 de Outubro de 2009 | Notícias | Vítimas da mudança climática | Justiça climática e energia
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As mulheres rurais e indígenas do Chile consideram que um governo como o que conduz Evo Morales na Bolívia possui mais sintonia política com as demandas das comunidades que, por exemplo, o que leva adiante a chilena Michelle Bachelet.
Para Alicia Muñoz, presidenta da Associação Nacional de Mulheres Rurais e Indígenas (Anamuri) do Chile, uma boa eleição de dirigentes para o Poder Executivo também serve para combater problemáticas como a mudança climática e, finalmente, para salvar o planeta.
“Quando escolhemos governos que são serviçais ao império que sempre nos tem pisado com sua bota, também estamos entregando todas nossas riquezas às grandes transnacionais”, disse a delegada chilena da Vía Campesina, nos marcos da audiência preliminar do Tribunal Internacional de Justiça Climática, realizado na cidade boliviana de Cochabamba.
Ali houve consenso em que a única solução possível para o aquecimento global tem que levar em conta o modelo de desenvolvimento sustentável promovido pelas comunidades rurais.
Para Muñoz, durante as gestões da chamada Concertação de Partidos pela Democracia, coalizão de centro que governa o Chile desde 1990, têm avançado as indústrias extrativas, o sistema de monoculturas e a hegemonia do grande capital.
Por isso, em sua intervenção, a referente chilena referiu-se aos impactos no aquecimento global que têm a mineração, as grandes hidrelétricas, o florestamento e os agrocombustíveis.
“Há povos no norte do Chile que já não têm água para consumir, mas sim as grandes mineradoras que continuam explorando a Cordilheira dos Andes”, contou a representante da Coordenadora Latino-Americana de Organizações Camponesas (CLOC).
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