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30 de Agosto de 2010 | Notícias | Direitos humanos
Assinando o futuro
Hondurenhos superam um milhão de assinaturas para realização de Assembléia Constituinte
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Em Honduras, a Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP) informou nesta segunda-feira 30 de agosto que já superou um milhão de assinaturas para convocar uma Assembléia Nacional Constituinte, que permita, entre outras coisas, o “retorno seguro e incondicional” do presidente Manuel Zelaya e de outros 200 dirigentes exilados.
A cifra foi atingida neste domingo no departamento de Olancho, no norte do país, e agora trabalharão mais intensamente para chegar, antes do dia 15 de setembro de 2010, à meta marcada de um milhão e 250 mil assinaturas de “declaração soberana” para começar a redigir uma nova Constituição.
Tomé disse que a seguinte contagem de assinaturas será realizada em Tegucigalpa, capital do país, no próximo dia 5 de setembro, conforme o site da FNRP.
A situação que vive o povo hondurenho com o presidente ilegítimo Porfirio Lobo é denunciada internacionalmente. Numa entrevista com La Voz de los Movimientos, o sacerdote e militante da Frente, Fausto Milla, fez uma avaliação da conjuntura do país há quatorze meses do golpe de Estado.
Milla considera que os ataques contra o povo hondurenho são "permanentes", e que as cifras de desemprego durante a administração de Lobo têm aumentado sistematicamente.
“A oligarquia sobe os preços e já anularam os convênios da ALBA e Petrocaribe. Ou seja, que tudo voltou a como era antes”, lamenta o dirigente, que lembrou a luta de Zelaya contra as petroleiras para baixar os preços dos combustíveis.
Para ele, a resistência nacional “bate com a razão” e está presente nas ruas e em pequenas mídias. Milla acredita que uma das demandas centrais da FNRP no futuro será a procura dos responsáveis dos 200 assassinatos de membros da resistência, que dentro do país têm sido apresentados como delitos comuns.
