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13 de Outubro de 2009 | Notícias | Soberania alimentar
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Pesquisas realizados nos Estados Unidos e no Canadá comprovaram que o agrotóxico Granutox 150 G, que comercializa em vários países a empresa alemã BASF, contém substâncias que provocam altos níveis de mortalidade em aves e peixes, e também danos na saúde humana.
Foi por esse motivo que na semana passada inspetores do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) multaram duas filiais de uma das trasnacionais com mais peso no mercado do agronegócio do Brasil, que vendiam esses produtos “em disconformidade com a licença obtida”.
A corporação química, que admitiu o erro, terá que pagar 260 mil dólares por esta irregularidade, e foram confiscados cerca de cem sacos de Granutox que estavam no mercado, de 15 quilos cada um.
Nestes dias, o Ibama está fiscalizando o uso de agrotóxicos nos Estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais, conforme o site do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
As medidas preventivas diante da ameaça dos agrotóxicos refletem uma “nova frente de batalha” para a proteção ambiental, é o que reflete um dos funcionários do Ibama que está participando destas visitas, Bruno Barbosa.
Em fevereiro deste ano, a polêmica corporação européia já havia sido questionada por organismos governamentais brasileiros. Um juízado de trabalho de São Paulo obrigou à empresa a contratar um plano de saúde vitalício para ex-empregados de suas plantas que estiveram expostos à manipulação de agrotóxicos.
Os trabalhadores desse enclave industrial, no município de Paulínia, têm registrado casos de câncer de próstata e doenças no aparelho digestivo e circulatório, tem se denunciado a contaminação do solo e das bacías da região, conforme a Radioagência Notícias do Planalto.
O Brasil é um dos maiores consumidores mundiais de agrotóxicos, sobretudo em cultivos transgênicos de soja, cana-de-açúcar, milho e algodão, e além da BASF, as empresas com mais presença no mercado são: Syngenta, Bayer, Monsanto e DuPont, entre outras.
A química alemã BASF não apenas é questionada no Brasil. No ano passado, por exemplo, foi denunciada ao Tribunal Permanente dos Povos no Peru, por sua responsabilidade na intoxicação e morte de 24 crianças na localidade de Taucamarca, numa tragédia em 1999 que ainda continua impune.
Foto: http://www.newscomex.com
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