Nos marcos da comemoração no dia 28 de julho na comuna de El Carmen, Ñuble, Chile, um novo “Dia do Camponês” compartilhamos a palavra de diversas organizações que lembram a data exigindo uma verdadeira reforma agrária no país andino.

Por exemplo o de Mónica, que resgatou a importância da oficina realizada ontem sobre recuperação da terra que fora dada aos camponeses e povos originários mas que posteriormente foi tomada diversos setores empresariais, nacionais e transnacionais.

“Os problemas que temos são transversais: os problemas dos pescadores, dos camponeses, das estudantes. Deste encontro temos que continuar nos articulando nós as organizações, somando mais organizações e que todos lutemos pela mesma causa”, disse Mónica entrevistada por Viviana Catrileo da Associação Nacional de Mulheres Rurais e Indígenas do Chile (ANAMURI), que faz parte da Coordenadora Latinoamericana de Organizações do Campo (CLOC-Vía Campesina) nesse país.

Por sua vez, Vladimir integra a Federação Sindical Camponeses de Ñuble e reflete sobre o trabalho “socio-político” em nível das comunidades em sua região, bem como pelo desenvolvimento dos diversas oficinas que foram realizadas nos marcos da comemoração do Dia do Camponês.

Dívida histórica

Durante o evento de comemoração, a integrante da ANAMURI e referente da Via Campesina Internacional, Francisca Rodríguez afirmou que “a Lei de Reforma Agrária (aprovada no dia 28 de julho de 1967) junto à de Sindicalização Camponesa, constituíram o maior ato de justiça no campo, saldaram um dívida histórica que o país tinha com os camponeses, que durante anos lutavam por conquistar a terra”.

“Na batalha que o povo do Chile fez para recuperar a democracia sempre estiveram presentes nossas bandeiras indicando que para nós a Reforma Agrária era um Processo Inconcluso e é por essa razão que nasceu o Dia do Camponês”, disse “Pancha”.

Entrevistas e fotos de Viviana Catrileo (ANAMURI)