O que você vê é um arquivo histórico.
Pedimos voluntários para trabalhar com a nova tradução na web.
18 de Maio de 2011 | Notícias | Justiça climática e energia
Baixar: MP3 (1.7 Mb)
Vários integrantes do Parlamento Europeu, um referente argentino em temas ambientais e um legislador do Uruguai participaram na terça-feira de uma palestra aberta sobre energia nuclear na capital do país, Montevidéu.
A atividade foi denominada: “Após Fukushima. Europa despede-se da Energia Nuclear. O que é que estamos fazendo aqui?”. Foi realizada no edifício anexo da sede do Poder Legislativo e foi organizada pela Casa Bertolt Brecht, REDES – Amigos da Terra Uruguai, o Programa Uruguai Sustentável, a Coordenadora de Sindicatos da Energia e a central que reúne os sindicatos do país, PIT-CNT. Cerca de 100 pessoas encheram a sala onde foi realizada a palestra.
O painel esteve integrado pela eurodeputada francesa Catherine Greze, do Partido Verde, seu colega alemão Jurgen Klute, do Partido Die Linke, a secretária da Fração dos Verdes do Parlamento Europeu, a alemã Gaby Küpppers, o ambientalista argentino Juan Carlos Villalonga, dos Verdes-Fórum de Ecologia Política, e o senador uruguaio Daniel Martínez.
O objetivo da atividade foi divulgar as experiências de geração de energia nuclear na Europa e Argentina, e também analisar o que tem sido feito e debatido no Uruguai sobre o tema.
Nesse país estão destinados no orçamento nacional para o período 2011-2012 quase um milhão de dólares para discutir a viabilidade de uma usina nuclear. Ali, a geração de energia nuclear está proibida por lei, embora há pressões de vários setores para revogá-la.
A organização REDES – Amigos da Terra Uruguai considera que a gravidade da crise nuclear ocorrida no Japão, depois do terremoto e posterior tsunami do dia 11 de março, deve estar sobre a mesa na hora do debate sobre energia nuclear no Uruguai. Afirma ainda que a norma que proíbe essa energia em nível nacional não pode ser revogada enquanto estiver sendo analisado o assunto.
A organização ambientalista rejeita e desmente os “mitos” da indústria nuclear e seus defensores. “A catástrofe de Fukushima I (no Japão) tem acabado de desmoronar as três grandes mentiras de que apóiam a utilização da energia nuclear: que é limpa, segura e barata”, disse o ambientalista Leonard Mattioli, de REDES – AT, conforme um comunicado de imprensa da organização.
Mattioli destacou que a insegurança da energia atômica é “evidente”, chamou a atenção pela “ameaça da radiatividade” e manifestou sua preocupação pelos riscos que a indústria nuclear tem “para a vida e a produção de alimentos”.
Em seu comunicado de imprensa, REDES – AT reivindica o caminho das energias renováveis, que o governo uruguaio tem desenvolvimento e que levam o país a ter, em 2015, 50 porcento de sua matriz energética baseada nessas fontes.
Rádio Mundo Real 2003 - 2018 | Todo material publicado aqui está sob licença Creative Commons (Atribuição - Compartilhamento pela mesma Licença). O site está construído com Spip, software livre especializado em publicações web... e feito com carinho.