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15 de Abril de 2010 | | |

Cochabamba para todos

Falta pouco para a Cúpula Mundial de Mudança Climática na Bolívia

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A Via Campesina anuncia que se mobiliza rumo à Conferência Mundial dos Povos sobre a Mudança Climática e os Direitos da Mãe Terra, que começa nesta segunda-feira na cidade boliviana de Cochabamba. Mais de 80 integrantes do movimento camponês internacional originários de quase todos os continentes chegarão à cúpula para contribuir à construção de uma nova frente mundial de luta contra a mudança climática.

Num comunicado divulgado na quarta-feira, a Via Campesina considera que as propostas discutidas sobre a Convenção Marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática demonstram a falta de compromisso da maioria dos governos, sobretudo dos países industrializados, para enfrentar a crise do clima responsavelmente.

“A criação de um novo mercado de carbono, a invenção do ’direito a contaminar’, a expansão das sementes genéticamente modificadas para resistir à mudança climática ou o desenvolvimento das plantações de agrocombustíveis industriais não poderão evitar o desastre climático”, garante o comunicado.

“Só uma mudança radical nos hábitos de produção e consumo nos levará a um estilo de vida mais sustentável. A Via Campesina espera que a reunião de Cochabamba marque as linhas que acreditam numa política internacional destinada à justiça climática”, afirma.

O movimento internacional celebra neste sábado no Dia da Luta Camponesa. Rumo à Cochabamba, convoca as atividades que estará realizando na conferência: “Terra, Território e Mudança Climática” e “A agricultura sustentável esfria a Terra”. Além disso, os camponeses participarão ativamente no grupo de trabalho 17, chamado “Agricultura e Soberania Alimentar”, criado pelos organizadores da conferência.

Por sua vez, vários movimentos, organizações e redes sociais que estarão em Cochabamba convocam a Assembléia dos Movimentos Sociais, que será realizada nesta segunda-feira nessa cidade. Os objetivos são debater e organizar o apoio às propostas e iniciativas dos governos comprometidos com os direitos dos povos e da natureza. Também debater e organizar a agenda dos movimentos sociais para potenciar as alternativas e resistências à expansão das relações de mercado, que vêem a natureza como um simples recurso, e ainda frente à ofensiva das transnacionais e da militarização.

Dentre os grupos está a Aliança Social Continental, Amigos da Terra da América Latina e o Caribe, a Central Sindical das Américas, a rede Justiça Climática Agora, a Confederação Latino-americana de Organizações do Campo, a Marcha Mundial das Mulheres e a própria Vía Campesina.

“Caracterizamos o momento atual pela prepotência dos Estados Unidos, a União Européia e as transnacionais, que se expressou em Copenhague quando pouquíssimos países tentaram impor um resultado, que não foi estabelecido na COP XV, para não fazer nada afim de deter o aumento da temperatura do planeta e o dano climático”, expressam num comunicado.

Falam de uma “crise civilizatória do capitalismo” e catalogam a lógica desse sistema econômico como “sacrificial, depredadora, racista e patriarcal”, que ainda “se disfarça com negociações ilegítimas em nome da crise climática”.

Foto: http://www.aktivism.info

(CC) 2010 Radio Monde Réel

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