O que você vê é um arquivo histórico.
Pedimos voluntários para trabalhar com a nova tradução na web.

{mini}Versão para imprimir

English · Español · français · Português

20 de Abril de 2010 |

Combatendo a recolonização

Organizações exigem que o governo de El Salvador bloqueie negociações de um TLC com a UE

Baixar: MP3 (2.2 Mb)

Por se tratar de um processo unilateral, sem transparência democrática e com as regras de jogo inclinadas para o lado das corporações, a sociedade civil salvadorenha exige deixar sem efeito as negociações de um Acordo de Associação com a União Européia.

É o que afirma a organização CESTA - Amigos da Terra El Salvador, ao iniciar-se uma nova rodada de negociações entre os países da América Central e os delegados de Bruxelas precisamente nessa cidade européia.

Estas negociações começaram no fim de 2007 com os países centro-americanos, exceto Panamá, que se integrou oficialmente no mês passado. Embora havia se previsto fechar o acordo em 2009, devido ao golpe de Estado em Honduras foram suspendidas as negociações, até que elas fossem retomadas em fevereiro de 2010.

Dentre os motivos das negociações dos europeus com América Central está o de ter acesso à infra-estrutura (estradas, portos, aeroportos), transportes e conexões para comerciar com o norte e sul da América.

Além disso buscam acesso ilimitado a matérias-primas desta região, fontes de água, biodiversidade e direitos exclusivos de propriedade intelectual como a “biopirataria”, que não é mais do que a apropriação de recursos biológicos das florestas e bosques da América Central.

Por tanto durante as negociações que levam vários anos tem se encontrado sérias dificuldades para trabalhar sobre os temas de direitos trabalhistas, migratórios, e principalmente o aspecto ambiental; ameaçando a riqueza natural com a que conta a região, já que predominaria o bem-estar econômico de empresas estrangeiras, antes que a vida dos povos.

Por exemplo existem pelo menos quatro transnacionais européias operando na América Central no setor de eletricidade, com muitos poucos controles estatais.
“Quem ganha com estes acordos são as empresas européias e nosso governo deveria se retirar deste tipo de negociações”, indicou José Acosta, membro de CESTA, numa rodada de imprensa convocada pelo Dia Mundial da Terra.

O responsável de campanhas dessa organização ambientalista salvadorenha considerou que o processo de negociação com a UE tem sido secreto, sem transparência e anti-democrático, nele não têm existido mecanismos de rendição de contas, e os textos não têm sido colocados à disposição da população. “A UE tem imposto temas, tempos e prioridades”, disse Acosta.

Os Acordos de Associação (AdAs) promovidos pela Europa com a América Central, o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a Comunidade Andina das Nações serão o núcleo da próxima Cúpula América Latina – União Européia que será realizada na capital espanhola.

Organizações de toda a América Latina e Europa estejam convocando para a Cúpula Alternativa dos Povos 2010 de 14 a 18 de maio.
Ali, será realizado o Tribunal Permanente dos Povos (TPP) considerando uma dúzia de casos de violação de direitos cometidos pelas transnacionais européias que estão na América Latina.

Foto: www.cdc.org.sv

(CC) 2010 Radio Monde Réel

mensagens

Quem é você? (opcional)
A sua mensagem

este formulário aceita atalhos SPIP [->url] {{bold}} {itálico} <quote> <code> e o código HTML <q> <del> <ins>. Para criar parágrafos, deixe linhas vazias.

Fechar

Amigos de la Tierra International

Agencia NP

Rádio Mundo Real 2003 - 2018 | Todo material publicado aqui está sob licença Creative Commons (Atribuição - Compartilhamento pela mesma Licença). O site está construído com Spip, software livre especializado em publicações web... e feito com carinho.