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8 de Maio de 2012 | Notícias | Cúpula dos Povos no Río+20 | Justiça climática e energia
A organização Via Campesina Internacional fez um chamado à mobilização contra a tentativa de mercantilizar a naturaleza que se expressa na cúpula do Rio+20 no conceito de “economia verde”.
Conforme uma declaração emitida nestes dias, a Via Campesina alerta sobre os efeitos da crise capitalista sobre os bens comuns. “A crise financeira, alimentar, energética e do meio ambiente são faces da crise estrutural do capitalismo, que não tem limites em sua busca de mais benefícios. E que, assim como outras crises estruturais, batem nos povos do mundo e não nas elites e corporações”, indica o movimento.
E acrescenta que neste marco de crise é “quando se movimenta com mais intensidade para frente; as empresas aproveitam a crise para expandir seu domínio nos territórios que ainda não conquistaram”.
“A Conferência de Rio+20 é um exemplo claro. Ao invés de reunir os governos de todo o mundo para encontrar soluções reais à crise ambiental, o evento servirá para consolidar as falsas soluções e a apropriação dos territórios tradicionais dos povos e das camponesas e camponeses. Na Conferência das Nações Unidas só os interesses das grandes corporações terão cabida”, indica a Via.
Diante disso, o desafio é a mobilização, já não somente no Rio, onde a Cúpula dos Povos que começará no dia 15 e terminará no dia 22 de junho debaterá sobre as falsas soluções da "economia verde" e as alternativas das organizações sociais.
Inclusive no dia 5 de junho, dia Mundial do Meio Ambiente, serão realizadas ações de mobilização “mostrando nossa unidade e força, para enviar com antecipação desde todos os cantos del mundo uma mensagem contundente aos líderes que estarão em Rio+20, de 20 a 22 de junho, no Rio de Janeiro, Brasil”, expressa a Via.
“Cada luta, cada resistência, cada território recuperado por nós deve ser a expressão da unidade global contra o avanço do sistema capitalista sobre a natureza”, acrescenta.
“Nossa tarefa não é só no Rio de Janeiro. Seguimos o caminho das lutas dos países, e especialmente no dia 20 de junho, quando oficialmente começa a conferência. Durante este período as lutas em todos os continentes devem ter eco no Rio de Janeiro e no mundo”.
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