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29 de Agosto de 2011 | |

Desapossamentos a todo vapor

A locomotiva mineradora arrasa as comunidades, também na Colômbia

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As “locomotivas do Desenvolvimento” é a expressão que o atual governo da Colômbia liderado por Juan Manuel Santos tem adotado para denominar os enclaves econômicos e produtivos que, segundo eles, impulsarão o desenvolvimento e o progresso do país.

No entanto, muitas organizações sociais, ambientais e políticas têm feito uma leitura do que significam realmente essas locomotivas, e de como elas atingem as comunidades negras, indígenas e camponeses. Recentemente foi realizado na cidade de Cali, o Simpósio Internacional Minerador Energético, espaço de discussão sobre os conflitos socio-ambientais gerados pela indústria extrativa.

Este espaço foi particularmente rico, já que os protagonistas foram os líderes das comunidades atingidas que têm se organizado e que estão propondo uma forma própria de viver seu território.

Radio Mundo Real dialogou com alguns dos líderes convidados, que falaram sobre casos emblemáticos de conflitos socioambientais, como os casos de La Toma, a poucos quilômetros de Cali e Zaragoza no rio Dagua, perto de Puerto de Buenaventura.

Edward Mina membro do Conselho Comunitário de La Toma, no município de Suárez (Cauca), conta a história de exploração da comunidade do norte de Cauca, a poucos minutos da cidade de Cali.

Esta exploração tem passado pelos megaprojetos energéticos (como Salvajina), projeto de florestamento da empresa Smurfit Kappa, mineração da Anglo Gold Ashanti e tentativas da empresa Aguas de Barcelona.

Estes projetos foram acompanhados de diversas formas de agressão como calotes, prisões arbitrárias, desaparecimentos, assassinatos seletivos e desalojamentos.

“Houve muita resistência com muito sacrifício porque muitos de nossos líderes foram assassinados e muitos de nós tivemos que nos deslocar”, disse Edward Mina à Rádio Mundo Real sobre a mineradora e à hidrelétrica La Salvajina.

Por sua vez, Manuel Riascos do Processo de Comunidades Negras (PCN), representante do Conselho Comunitário de Dagua fala sobre o caso de mineração próximo ao rio Dagua.

Para ele, a grave situação ambiental e social provocada pela “febre do ouro” em Zaragoza aconteceu com um nível de exploração mínimo comparado ao potencial aurífero da região.

Ou seja que caso fosse aprovada a mineração de todo este potencial e abrindo as porta ao capital transnacional, as consequências seriam terríveis para a região do Pacífico colombiano.

Foto: censat.org

(CC) 2011 Radio Monde Réel

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