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22 de Agosto de 2011 | |

Deter a especulação

Entrevista com Luca Colombo sobre o Fórum Europeu por Soberania Alimentar

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O Fórum Europeu por Soberania Alimentar Nyéleni 2011 terminou no sábado 20 de agosto na cidade austríaca de Krems, após cinco dias de debates, encontros e planificações de futuro em uma Europa atingida pela crise do capital e diante da qual, as organizações sociais, camponesas e ambientalistas têm muito para dizer.

Nesse contexto de déficit democrático, as organizações participantes deste encontro, continuidade do Fórum de Soberania Alimentar de Nyéleni de 2007, reivindicaram “sua visão de unidade que destaca os direitos das pessoas a definir seus próprios sistemas e políticas agrícolas e alimentares, sem prejudicar as pessoas ou nossos bens comuns, conforme princípios da Soberania Alimentar”.

A escassa ou nula participação das populações nas políticas vinculadas a bens comuns como a terra, o ar, as sementes e a água, também foi identificada como uma expressão do déficit democrático, conforme com o pronunciamento final do Fórum.

Luca Colombo faz parte do Comitê de Pilotagem do Fórum de Nyéleni 2011 em nome da Plataforma Italiana por Soberania Alimentar.
Luca conversou com Rádio Mundo Real fazendo um balanço do evento europeu que reuniu cerca de 400 delegados de diversos países europeus, além de observadores asiáticos, africanos e latino-americanos.

Para ele, dentre os principais objetivos para o movimento que luta pela Soberania Alimentar está a identificação dos pilares principais que deveriam reger as políticas públicas e a mobilização social nesse sentido.

Mercados alternativos, acesso aos recursos naturais e políticas participativas fazem parte desses pilares comuns globais face a uma mudança no sistema agrícola e alimentar em escala global.

“Está claro que estamos nos reunindo na Áustria num momento delicado politicamente sobre as instituições democráticas. Temos uma crise devido às políticas salvagens ditadas por instituições não eletivas como são as financeiras. Contar com 400 delegados provenientes alguns deles e delas de remotas zonas rurais europeias é uma forma de responder a essas políticas e é também uma forma de dizer ‘detenham a especulação’, especialmente a especulação que tem a ver com a comida, que é crucial para todas as sociedades”, refletiu o ativista italiano.

“Precisamos instituições financeiras abertas a colaborar com o desenvolvimento dos países e não ditando normas aos países para o beneficio de uns poucos”, destacou o ativista.

Cerca de 120 organizações realizaram uma grande aliança e um conjunto de princípios para atingir a Soberania Alimentar na Europa, destacando as contribuições das e dos jovens, das mulheres e dos produtores e produtoras de alimentos, cujas preocupações não são levadas em conta frequentemente.

A diversidade e a riqueza das experiências permitiram que o Fórum Europeu de Nyéleni 2011 identificasse um marco comum e definisse um plano de ação em conjunto, com base em um processo democrático e participativo.

Foto: www.nyelenieurope.net
Entrevista de E. Russo (Vía Campesina Internacional)

(CC) 2011 Radio Monde Réel

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