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2 de Março de 2011 | |

Filantropia?

Organizações criticam participação de fundação Gates na Monsanto

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Em setembro do ano passado soube-se que a fundação do empresário Bill Gates, fundador de Microsoft, comprou ações, através de un fideicomisso, na empresa estadunidense Monsanto, decisão que foi criticada por organizações como a Vía Campesina.

Um relatório publicado em fevereiro por Amigos d Terra Internacional indica que as empresas de biotecnologia, com a ajuda do governo dos Estados Unidos, buscam “novos mercados” na África com o objetivo de “resgatar os lucros”, e nesse contexto coloca o “interesse direto” da fundação Gates em “maximizar os lucros” da Monsanto.

O documento, intitulado “Quem se beneficia com os cultivos transgênicos: una industria construida en base a mitos”, acrescenta que esta aliança entre Gates e Monsanto acaba provocando severos impactos nos pequenos proprietários e as comunidades camponesas na África.

A Via Campesina já havia denunciado em 2010 que a compra de ações da Monsanto por parte da Fundação Bill e Melinda Gates tem a ver “menos com filantropia do que com lucro”, já que o dono do império Microsoft “está ajudando a abrir novos mercados para a Monsanto”.

Mas esta colaboração aparentemente indireta não é nova. A fundação criada em 1994 por Bill e Melinda Gates já tem investido cifras milionárias na Fundação Rockefeller, com o objetivo de implementar a controvertida Aliança para uma Revolução Verde na África (AGRA), que está abrindo o mercado africano para os produtos de Monsanto, Dupont e Syngenta.

Estima-se que a fundação já doou 456 milhões de dólares para a AGRA e o caso mais claro dos vínculos com as empresas da biotecnologia parece estar no Quênia, onde a maioria destes recursos econômicos acabam em mãos de organizações locais vinculadas à Monsanto.

“A Fundação Gates continua empurrando os produtos da Monsanto para os pobres, apesar da evidência cada vez maior dos riscos ecológicos, econômicos e físicos da produção e consumo de cultivos transgênicos e agroquímicos”, dizia a Via Campesina em setembro.

A notícia também impactou naquela ocasião nas organizações camponesas do Haiti, onde a Monsanto já havia atuado, ao enviar 475 toneladas de sementes transgênicas para “colaborar” com as vítimas do terremoto.

“É realmente chocante conhecer a decisão da Fundação Bill e Melinda Gates de comprar ações da Monsanto enquanto está dando dinheiro para projetos agrícolas no Haiti que promovem as sementes e agroquímicos da companhia”, disse Chavannes Jean-Baptiste do movimento camponês haitiano de Papaye, conforme a publicação da Amigos da Terra-Internacional.

(CC) 2011 Radio Monde Réel

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