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4 de Maio de 2010 | |

Intocáveis

Entrevista com Gustavo Castro, de Otros Mundos Chiapas - AT México

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O integrante da organização Otros Mundos, de Chiapas, México, lembra a lutadora Betty Cariño, assassinada por paramilitares no Estado de Oaxaca.
Embora a missão humanitária que tentava aproximar alimentos e medicinas à comunidade de San Juan Copala havia sido anunciada às autoridades do estado mexicano de Oaxaca, isto não impediu a emboscada nem a morte de dois de seus integrantes, entre eles a lutadora mixteca Betty Cariño.

“Nem o Exército nem a polícia nem o gobierno agiram, deixaram que esses paramilitares agissem”, indica Gustavo Castro em entrevista com Rádio Mundo Real.

O ativista integrante da Amigos da Terra contextualizou a situação ocorrida no dia 27 de abril quando foi realziado o ataque no clima de represão que vive o estado de Oaxaca graças a seu governador, Ulises Ruiz.

“É um governador muito repressor e reprimiu a mobilização de 2006 com muito sangue. Todo vestígio de resistência em seu estado, com muitos interesses mineradores e turísticos, tem sido sistematicamente agredido. O governador aparentemente não lhe afeta nada disso”, refletiu Gustavo de San Cristóbal das Casas horas após ser realizado o funeral de Betty Cariño.

“Existe uma impunidade impressionante, hoje em dia os paramilitares parecem intocáveis”, lamenta Gustavo Castro.

A emboscada feita à caravana humanitária que terminou na morte de Betty Cariño e do observador finlandês Juri Jaakkola provocou muitas reações nas organizações sociais do México e da América Latina.

Ontem, 3 de maio foi realizada uma manifestação para exigir fim à violência de estado em Oaxaca em frente à embaixada do México em San José de Costa Rica.

Também foram iniciadas campanhas de envios de cartas para as delegações diplomáticas do governo de Felipe Calderón perante outros Estados da região exigindo o fim da repressão e a garantia dos direitos individuais dos lutadores sociais.

Betty Cariño integrou a Equipe Nacional de Coordenação da Rede Mexicana de Atingidas pela Mineração (REMA) e foi Diretora do Coletivo Cactus.

A emboscada, que deixou durante vários dias desaparecidos jornalistas mexicanos e observadores europeus gerou uma demanda formal da embaixada espanhola no México, como titular da presidência da União Européia, ao governo de Calderón para o esclarecimento dos fatos.

Nas imagens seguintes é possível ver e ouvir Betty Cariño em sua intervenção na Dublín Platform 2010. Em anexo também disponibilizamos o poema do hondurenho Juan Almendares em homenagem e memória à lutadora assassinada.

Foto: http://oaxacaenpiedelucha.info

Jyri Jaakkola interview 01.02.2010
(CC) 2010 Radio Monde Réel

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