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19 de Setembro de 2011 | |

Já era hora

A ONG Conservação Internacional” foi expulsa do Equador

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A questionada organização não governamental de origem norte-americano Conservação Internacional (CI) já não poderá operar no Equador, país em que sua trajetória tem sido objeto de várias denúncias por defender projetos extrativos que prejudicam os direitos das comunidades.

Foi o que resolveu há poucos dias o Ministério de Relações Exteriores e a Secretaria de Cooperação Técnica Internacional do Equador. Pelo qual esta organização patrocinada por empresas transnacionais e relacionada aos programas do Banco Mundial e da USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) já não está autorizada a operar dentro de território equatoriano, embora mantém ações no Peru e na Colômbia, por exemplo.

Conforme a Agência Latinoamericana de Informação (ALAI), entre os motivos do estado equatoriano está o de que o convênio que regia as atividades da CI no Equador caducou em 2006. A ONG não acatou uma resolução do Defensor do Povo, o Dr. Fernando Gutiérrez, que estipulou medidas obrigatórias para pagar uma apólice de seguro de invalidez para o biólogo equatoriano Alfredo Luna, que no dia 3 de agosto de 1993 sofreu um acidente aéreo enquanto trabalhava para essa organização.

O próprio Alfredo Luna descreveu a situação em junho à Rádio Mundo Real, indicando que a partir de uma demanda contra a CI -que perseguia uma indenização por um acidente aéreo que o deixou descapacitado- seguiu a pista dos interesses ocultos por trás do financiamento a estes projetos de investigação: fazer um mapeamento para que as empresas extractivas e de pirataria biológica possam utilizar logo.

Conforme a ALAI, CI foi fundada em 1987, tem sua sede em Washington e opera em 25 países de quatro continentes. Dentre seus patrocinadores estão as maiores transnacionais dos Estados Unidos, dentre elas Chevron, Monsanto, Coca Cola, Walmart, Walt Disney, Mc Donalds e Rio Tinto.

O artigo de Eduardo Tamayo para ALAI lembra que “quando esteve no Equador, a petroleira Chevron (antes Texaco), de 1964 a 1990 causou um dos desastres ambientais mais graves na Amazonia ao jogar águas de formação a riachos e rios provocando contaminação e graves doenças em seus moradores, é uma das empresas que patrocina a CI. Por este motivo, Chevron, a mesma que patrocina a CI, tem sido julgada por um grupo de moradores e indígenas para exigir a limpeza, reparação e restauração pelos danos causados. Por sua vez, Chevron exigiu na justiça quantias milionárias ao Estado equatoriano e tem pressionado para que o governo dos Estados Unidos não renove as preferências tarifárias, ATPDEA, para o Equador”.

O Centro de Análise Política e Investigação Social e Econômica do México fez uma investigação sobre a presença da CI no Estado de Chiapas e considerou-a o “Cavalo de Troia’’. Este centro de estudos concluiu que a estratégia da CI visava gerar enfrentamentos entre povos zapatistas ou o próprio EZLN com os Caribes ou Lacandones, para desalojar as comunidades da Reserva da Biosfera Montes Azules (REBIMA).

Ciencia embaucada from Radio Mundo Real on Vimeo.

(CC) 2011 Radio Monde Réel

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