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12 de Outubro de 2011 | | |

Jovens raízes

O reconhecimento dos jovens do campo e seus direitos à terra consolidam-se nas Diretrizes

É possível pensar num futuro sem jovens no campo? A crescente urbanização dos setores jovens responde a que a vida no meio rural tem se tornado excludente para os camponeses e camponesas jovens, graças à “agricultura sem agricultores” que o agronegócio e a apropriação massiva de terras que proclama como modelo.

Por isto, uma das principais ideias destacadas pelos/as representantes dos movimentos sociais nas negociações sobre as Diretrizes de uso e posse da terra tenha sido precisamente que se reconheça expressamente a importância dos setores jovens na sustentabilidade da produção e soberania alimentar.

Junto às mulheres, os jovens e também as crianças têm um reconhecimento específico nos debates que se desenvolvem na sede da FAO na cidade italiana de Roma.

Nas primeiras jornadas de debate entre governos e sociedade civil sobre o texto dessas Diretrizes obteve-se um progressivo consenso sobre a necessidade de reconhecer explicitamente aos setores mais vulneráveis e estratégicos para a vida dos povos indígenas e comunidades camponesas.

Um representante governamental africano explicou que em muitos países desse continente, as meninas não têm direitos de herança sobre terras e outras propriedades de seus pais. “Isso significa que se todas suas filhas são mulheres, se você morrer suas terras podem ser herdadas, por exemplo pelo filho de seu irmão, mas não por suas próprias filhas, que ficam indefesas para seu futuro”, exemplificou em entrevista com Rádio Mundo Real Rehema Bavuma Namaganda, pescadora artesanal da Uganda.

Por sua vez, a canadense Kalissa Regier, representante da juventude na delegação dos movimentos que seguem linha por linha a redação das Diretrizes, indicou a transcendência das decisões que politicamente sejam adotadas hoje para o futuro de gerações de camponeses jovens e seus direitos de acesso à terra. “Garantindo o acesso dos e das jovens à terra é a única forma de garantir que exista Soberania Alimentar no mundo”, disse a representante canadense.

Produtora orgânica, Kalissa faz parte da União Nacional de Camponeses do Canadá e é membro da Via Campesina América do Norte.

“Existem muitos aspectos de nossa vida como jovens camponeses que não estão sendo considerados, mas não importa, já vai chegar a hora. Este é um degrau mais, não significa que nossa luta vá se deter. Continuaremos lutando por uma vida digna para todos. Estar discutindo cara a cara com os governos é um grande passo para as organizações sociais. Estamos aqui para falar das necessidades e opiniões dos de baixo”, destacou Kalissa.

Sobre o capítulo que começará logo de negociadas as Diretrizes, a representante juvenil falou da necessidade de implementação e monitoramento de sua aplicação “para evitar que todo este trabalho seja perdido, devemos zelar para que sejam cumpridas realmente as Diretrizes”.

(CC) 2011 Radio Monde Réel

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