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23 de Dezembro de 2010 | Notícias | Anti-neoliberalismo | Soberania alimentar
Lobby Terminator
MST denuncia que Monsanto participou em elaboração de projeto de lei sobre transgênicos
O projeto de lei do deputado brasileiro Cândido Vaccarezza, do Partido dos Trabalhadores, para liberar o uso das sementes “Terminator” tem um padrinho.
O Movimento de Trabalhadores Rurais sem Terra denunciou nesta quarta-feira 22 de dezembro que uma advogada da multinacional estadunidense Monsanto é coautora da iniciativa legal de Vaccarezza, um dos homens fortes do governo na Câmara de Deputados.
O MST lembrou que a tecnologia “Terminator” tem sido condenada desde 1998 pela Organização das Nações Unidas (ONU), e em nível nacional por funcionários da Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA)
A profissional que assessorou Vaccarezza na redação, segundo o MST, chama-se Patricia Fukuma, e é conhecida por defender causas legais de “empresas com patentes de organismos geneticamente modificados (OGM)”.
“A coautoria da advogada da Monsanto comprova os interesses da indústria de alimentos e de multinacional que detém patentes de transgenias na aprovação do projeto de Vaccarezza.”, diz o MST, que encontrou a participação de Fukuma nas propriedades de um documento em formato PDF que entrou na Câmara de Deputados para ser debatido.
O deputado nega as acusações, conforme o site do MST. Primeiramente, havia dito que não conhecia a advogada, embora depois, em outra entrevista, admitiu: “É possível que ela tenha tido conversa comigo”.
Em entrevista com “Congresso em Foco”, a advogada da Monsanto reconheceu que uma assessora de Vaccarezza, chamada María Thereza Pedroso, contatou ela para que revisasse o projeto, e que ela o fez. “Na verdade, eu não sou autora do projeto. Eu, na verdade, dei alguns pitacos”, disse Fukuma.
Foto: www.mst.org.br
