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14 de Junho de 2010 |

Maquiagem Verde

Denúncia de acordo entre a WWF e questionável empresário em Honduras

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No mês passado a Químicas Dinant – de propriedade do controverso empresário Miguel Facussé – e o Fundo Mundial pela vida selvagem (WWF, em inglês) firmaram um convênio de mútuo entendimento para a certificação da Mesa Redonda Sobre o Azeite de Palma Sustentável (RSPO, em inglês).

Facussé não apenas tem sido questionado por seu importante papel ao impulsionar o agronegócio como também por sua atuação em relação aos Direitos Humanos: em abril deste ano seus funcionários de segurança armados com armas do tipo AK 47 ameaçaram e feriram pessoas que voltavam da inauguração da Rádio Comunitária “A voz de Zacate Grande”. Tal evento foi entendido e denunciado como uma tentativa de intimidar a comunidade a não articular seu próprio meio de comunicação.

A informação sobre o convênio, que circulou através da mídia hondurenha, foi acolhida pela Organização Fraternal Negra Hondurenha (OFRANEH), que criticou duramente a WWF por seu apoio a este empresário que protagoniza um importante conflito com as comunidades da região norte de Honduras de Bajo Aguan.

Além disso, a organização indica ainda que é de conhecimento público que Miguel Facussé se utiliza de enorme quatidade de agrotóxicos em suas plantaçoes, a qual tem efeitos prejudiciais no Sistemas de Recifes Mesoamericanos.

Em um comunicado recente a OFRANEH assinala que “apesar das supostas “boas intençoes” do convênio , existem sérias dúvidas acerca do papel desempenhado pela RSPO, em especial quanto à amenização da imagem das companhias Palmeras em Papua Nova Guiné. Os princípios utilizados por ela carecem de marco legal, assim como sua prestação de contas, que se mostram especialmente questionáveis, conforme alegado pelo Centro de Direito Ambiental e Comunitário (CELCOR) de Papua Nova Guiné; que frisa ainda que 11 das 12 companhias de Papuas registradas na RSPO não cumprem com as normativas estipuladas”.

A organização também critica indiretamente a WWF por suas alianças com corporaçoes questionadas, e utiliza-se das palavras de Torry Kuswardono, encarregado da campanha de agrocombustíveis do grupo indonésio da federação ambientalista Amigos da Terra, que manifesta que “é difícil saber qual é o real papel da WWF, porquê sempre atua em uma linha tênue entre o governo e as companhias palmeras”

A OFRANEH alega ainda que as atividades de Facussé implicam em dissecar pântanos, o que provocará emissões entre 3,750 a 5,400 toneladas de dióxido de carbono por cada hectare dissecado.

“O sonho de Facussé, conforme mencionado no vídeo apresentado no portal do jornal La Prensa, é converter Honduras em uma plantação de palmeira africana; ou pelo menos assim assegurou em seu plano nacional de desenvolvimento que circulou na década de 90, o qual parece ser o mesmo plano de país que nos vende a atual administraçao”, indica finalmente a organização em seu comunicado.

Foto: www.ofraneh.org

(CC) 2010 Radio Monde Réel

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