Cerca de 150 delegados da Argentina, Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Honduras, Nicarágua, Peru, Panamá, Venezuela e Guatemala estão participando deste encontro que será realizada até a quarta-feira 3 de agosto.

Daniel Pascual, dirigente da Via Campesina Guatemala disse que seu país está em luta contra as empresas saqueadoras transnacionais que têm implementam o consumo de transgênicos e a utilização massiva de agrotóxicos na agricultura.

Pascual destacou que a Agroecologia é a alternativa rumo ao Bem Viver, o resgate da herança que têm deixado avós e avôs, considerando que "o nível de pobreza na produção do mercado dos agrocombustíveis nos leva ao desastre".

O modelo que proposto, que é a Agroecologia, vai muito além da produção orgânica, diz Pascual, “é um sistema alternativo de produção de terra, sementes, solos, ciclos de produção, milpa, feijão, árvores frutais, animais, ervas medicinais e comestíveis, como um sistema completo que possa alimentar o mundo e esfriar o planeta. Mas também defender o território".

Jorge Pucha da comunidade de Cicalpa Viejo, em Chimborazo, Equador disse que as famílias trabalham cultivando produtos sãos porque ao trabalhar com químicos perde-se o solo, a humanidade e o meio ambiente.

As mulheres têm um papel fundamental em continuar organizando as famílias, mas também para produzir alimentos para o campo e a cidade, e agora a preocupação é que sejam produzidos alimentos saudáveis para o povo, por isso é fundamental aprofundar na Agroecologia, indicou Ayala Ferreira delegada diante do Encontro pelo Movimento Sem Terra do Brasil.

No vídeo abaixo produzido pela equipe de comunicação da Via Campesina Guatemala podem ser vistos trechos das atividades de inauguração deste Encontro.

Foto: www.cloc-viacampesina.org