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23 de Agosto de 2011 | |

Muita dor

Onda de violência contra camponeses de Bajo Aguán abala Honduras

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A violência com a que os latifundistas de Valle del Bajo Aguán têm respondido aos camponeses diante do conflito que pela terra tem superado todos os limites imagináveis. Agora, outros três camponeses somam-se à lista de pessoas assassinados nos últimos dias.

Trata-se de Secundino Ruiz, presidente do Movimento Autêntico Reivindicador de Camponeses de Aguán (MARCA), e do vice-presidente do Movimento Unificado Camponês de Aguán (MUCA), Pedro Salgado. Também foi assassinada a esposa de Salgado, Reina Mejía, já que os assassinos atiraram no casal dentro de sua casa.

Na sexta-feira passada, centenas de policiais e militares haviam sido enviados ao Valle del Bajo Aguán, situado no nordeste de Honduras, para (segundo o governo) pôr fim à violência gerada pelo conflito pela terra. Até esse momento e por causa dos enfrentamentos, 11 pessoas haviam sido assassinadas nessa semana, somando-se às mais de 50 que haviam falecido nos últimos meses.

Conforme afirmaram camponeses à agência AFP, os camponeses temiam que os militares e a polícia apoiassem as forças dos latifundistas da zona.
“Eles não vêm para fazer nada a favor de nós, mas sim ajudar o matadores de aluguel dos latifundistas, a matar pessoas”, disse Pedro García na comunidade de “La Confianza”, um assentamento em meio dos cultivos da palma africana de Bajo Aguán, à agência AFP.

Tal como advertiam os camponeses, a presença policial e militar na zona não evitou que acabasse a violência contra eles: de fato, entre sábado e domingo foram assassinados os dirigentes Ruiz e Salgado, aumentando a alerta do movimento popular.

“O que acontece é que continua derramamento de sangue, o assassinato de camponeses, mesmo quando há um destacamento militar na zona”, disse em entrevista com Rádio Mundo Real o dirigente camponês hondurenho Rafael Alegria, que explicou que nestes dias haviam sido assassinados cinco líderes do movimento camponês de Aguán.

“A situação é bastante difícil, muito dramática, e nestes casos nem sequer os responsáveis diretos dos fatos puderam ser identificados”, afirmou o dirigente considerando que a situação “é tensa, de muito medo, de muita dor, e de muita preocupação em nível de todos os setores”.

Rafael disse ainda que nos próximos dias o movimento camponês estará definindo, em uma reunião de urgência para analisar rigorosamente a situação, que medida seria tomada diante desta como movimento.

Por sua vez, o dirigente fez um chamado à solidariedade internacional, para que organismos de direitos humanos visitassem Bajo Aguán e ajudassem assim a deter o banho de sangue contra a população camponesa.

Foto: http://www.rel-uita.org/

(CC) 2011 Radio Monde Réel

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