Bernardo Vázquez Sánchez foi assassinado no dia 15 de março, por matadores contratados pela empresa mineradora, conforme denunciam as organizações locais. Às 9:00 da noite desse dia, Bernardo teve uma emboscada e algumas horas depois morreu em um hospital próximo ao lugar. No tiroteio também foram feridas outras duas pessoas, que acompanhavam o dirigente.

Os grupos mexicanos lembraram em um documento que antes deste homicídio havia sido assassinado o dirigente camponês Bernardo Méndez Vásquez, e antes Bety Cariño, todos crimes “vinculados ao nefasto binômio das empresas mineradoras e a corrupção governamental, que ficaram impunes”.

Rádio Mundo Real entrevistou Neftalí Reyes Méndez, do Coletivo Oaxaqueño em Defesa dos Territórios, que explicou alguns antecedentes deste conflito ambiental, na cidade de San José del Progreso.

Explicou que a empresa canadense começou em 2006 os trabalhos, embora a população local não estava informada das dimensões do empreendimento. O investimento foi oficializado em 2008, quando os trabalhos já estavam avançados, e já nessa data as organizações oaxaquenhas denunciavam casos de corrupção que envolviam a empresa e funcionários do Estado.

O engenheiro agrônomo assassinado na semana passada era um dos denunciantes destas irregularidades. Vázquez Sánchez denunciou ainda, em 2010, que a empresa havia começado a financiar grupos armados, mas essas advertências nunca foram levadas em conta pelas autoridades estaduais e federais.