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17 de Janeiro de 2011 | |

Na contramão

Mais uma usina a carvão para a África do Sul, muito mais dióxido de carbono no ar

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O abastecimento energético na África do Sul estaria correndo risco daqui a dois anos, segundo empresa pública desse setor Eskom, que por outro lado não deixa de planejar gigantescas usinas à carvão com enormes potenciais contaminantes. O governo sul-africano vai na direção contrária a das recomendações mais básicas para combatir a crise climática.

No dia 13 de janeiro ativistas de vários grupos ambientalistas se manifestaram em frente à sede do banco estadunidense Export-Import (Ex-Im), em Washington, Estados Unidos, para pedir à entidade que não financie a construção de uma nova usina a carvão da Eskom.

O chefe executivo da empresa sul-africana, Brian Dames, disse no dia 6 de janeiro que o país tem “suficiente capacidade de geração de energia, mas não suficientes reservas”, conforme a agência Reuters. A verdade é que a empresa energética tem vários projetos em andamento, entre os que se destacam duas usinas à carvão que seriam das mais grandes do mundo. As duas usinas já estão em processo de construção.

Um destes projetos, denominado Kusile, situa-se na área municipal de Delmas, na província de Mpumalanga. A usina, conforme a Eskom, teria uma capacidade instalada total de 4.800 megawatts.

Na quinta-feira Amigos da Terra Estados Unidos, Amigos da Terra África do Sul, o Sierra Club, a Rede Jubileu USA e o Centro de Durban para a Sociedade Civil, entre outros grupos, pediram ao conselho de diretores do banco Ex-Im que vote contra uma proposta de financiamiento do projeto Kusile.

As organizações argumentam que a usina à carvão lançaria na atmosfera 36,8 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente por ano, além de perigosas toxinas e metais pesados como arsênico e mercúrio.

Um grupo de manifestantes dessas entidades fez ouvir suas demandas fora da sede do banco na cidade estadunidense de Washington. Esta usina “seria especialmente perigosa para os mais pobres de África do Sul, desalojaria e adoeceria à população local e agravaria a crise do clima”, disse a campanhista Karen Orenstein, da Amigos da Terra Estados Unidos, num comunicado de imprensa conjunto.

Por sua vez Siziwe Khanyile, de GroundWork – Amigos da Terra África do Sul, explicou que “o desenvolvimento de Kusile atingirá os moradores, principalmente os já vulneráveis setores mais pobres, em termos de saúde, água e qualidade do ar”. “A sociedade civil sul-africana não apóia este projeto porque os custos para a comunidade superam os benefícios”, acrescentou.

Os grupos ambientalistas disseram ainda que “os maiores benefícios (da instalação de Kusile) irão para as corporações multinacionais, que já pagam as taxas de eletricidade mais baixas do mundo desde a época do Apartheid”.

A outra usina à carvão projetada pela Eskom e severamente questionada também por organizações ambientalistas nacionais e internacionais é a de Medupi, na localidade de Lephalale, província de Limpopo. Teria uma capacidade instalada de 4.788 megawatts. A empresa espera que esteja funcionando Medupi para o fim de 2012 ou início de 2013, e um ano mais tarde colocar em andamento Kusile.

Foto: http://www.flickr.com/photos/asmundur/

(CC) 2011 Radio Monde Réel

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