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22 de Junho de 2011 | | | |

Não estamos em paz

Rumo à “Jornada Continental de Solidariedade com Honduras”

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Várias organizações sociais hondurenhas estão convocando uma “Jornada Continental de Solidariedade com Honduras”, de 26 a 28 de junho, dia em que completam-se dois anos do golpe de Estado no país. As entidades exigem julgamento e castigo para os golpistas, e o fim da criminalização das lutas sociais.

“A situação de Honduras é agravada pelo fato de que tem se legalizado o golpe de Estado em âmbitos internacionais, oxigenando os golpistas e apoiando um discurso de reconciliação, que são meras palavras mentirosas e hipócritas para ocultar a violência sistemática com a qual as e os hondurenhos são agredidos cotidianamente”, expressa a convocatória divulgada no sábado.

Entre os convocantes estão o Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras (COPINH), Organização Fraternal Negra Hondurenha (OFRANEH), o Movimento Unificado de Camponeses de Aguán (MUCA) e o Comitê de Familiares de Detidos Desaparecidos em Honduras.

Conforme os movimentos sociais, Honduras “tem se transformado em laboratório de ocupação, militarização, criminalização e repressão contra toda população, especialmente aquela que luta e se mantém em rebeldia contra o golpismo internacional”. Esta situação tem se agravado pelo que as organizações consideram uma “legalização do golpe de Estado”, cometido por Roberto Micheletti e as Forças Armadas.

No dia 28 de maio o ex-presidente Manuel Zelaya, deposto pelo golpe, voltou ao país após assinar um acordo com o presidente de facto, Porfirio Lobo, “para a reconciliação nacional e a consolidação do sistema democrático de Honduras”, como diz o título do documento. Em geral, o texto estipulou as bases para o retorno seguro de Zelaya ao país, dos ex-funcionários de seu governo e outras pessoas que tivessem ido embora por causa da crise política. Também estipulou que o regime de Lobo zelaria pelo respeito aos direitos humanos.

O acordo foi firmado também pelos facilitadores e testemunhas do processo, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o venezuelano, Hugo Chávez. Este convênio abriu as portas para a readmissão de Honduras na Organização dos Estados Americanos (OEA), que ocorreu poucos dias depois.

Zelaya é o coordenador geral da Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP), que reuniu os que se opuseram à ditadura em Honduras e que agora trabalha para unir esforços e concorrer nas eleições nacionais de 2013.

Os movimentos sociais que convocam para a “Jornada Continental de Solidariedade com Honduras” exigem o fim das bases militares estrangeiras no país e denunciam novamente que as bases estadunidenses apoiaram o golpe de Estado, “para perpetuar o saqueio e a dominação”. Propõem também a eliminação de todo o aparato militar nacional para acabar com a militarização e a repressão contra o povo hondurenho. Os grupos exigem o fim da criminalização das lutas sociais e das graves violações sistemáticas dos direitos humanos, ao tempo que exigem julgamento e castigo para os golpistas.

Na convocatória para os três dias de solidariedade com Honduras, pede-se a movimentos e organizações sociais de todo o continente para realizarem ações diante de embaixadas e consulados hondurenhos, debates e atividades culturais nas ruas. O objetivo é que seja divulgada a grave situação de violação dos direitos humanos em Honduras, onde destacam-se os assassinatos de integrantes da resistência nacional e a criminalização do protesto social.

Foto: http://nadaagolpes.blogspot.com/

(CC) 2011 Radio Monde Réel

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