Somaram-se às manifestações movimentos e organizações sociais que lutam contra a barragem de El Quimbo, que pretende ser instalada sobre o rio Magdalena.

O correspondente da Rádio Mundo Real na Colômbia e integrante da Censat Agua Viva – Amigos da Terra Colômbia, Danilo Urrea, esteve na mobilização em Bogotá, capital do país, e entrevistou o representante do MOVICE, Yuri Neira, e um integrante da Coordenadora Nacional Camponesa e do Congresso Nacional de Terras, Territórios e Soberanias, Camilo Álvarez.

Neira destacou na charla que tratava-se de uma marcha pacífica apesar do “boicote” de parte da polícia e que a mobilização servia para “negar” as afirmações do governo nacional de que as vítimas são guerrilheiros.

O dirigente do MOVICE referiu-se ainda ao por quê da bandeira de “Terras, Desapossamento e Restituição”. Disse que “muitos camponeses quiseram recuperar suas terras e foram assassinados”. “São 70 em questão de dois anos”, disse Camilo.

Alertou ainda que a relação entre o Estado colombiano, empresas e grupos paramilitares “está vigente” e é um assunto que deve ser atendido de forma “direta”. Manifestou uma “profunda solidariedade” com todas as pessoas atingidas nos “casos de desapossamento” da “locomotiva mineradora”.

Foto: Gert Steenssens / EsperanzaProxima.net (enviada por Danilo Urrea).