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11 de Maio de 2011 | Notícias | Direitos humanos | Lutadores sociais em risco
Continua a repressão em Bahréin, pequeno país do Golfo Pérsico. Além das cem detenções de manifestantes contrários ao regime monárquico governante, agora sumam-se a persecução dos profissionais da saúde que atenderam aos feridos durante as protestas, o espancamento dos detidos e, inclusive, a declaração de sentença de morte para quatro manifestantes, acusados de matar dos policiais durante a manifestação. Aliás, o regime destruiu mesquitas xiitas que professam o ramo sunita do Islã.
Navi Pillay, alta comissária da ONU para direitos humanos expressou na semana passada sua “profunda preocupação” por esses acontecimentos e relata o recebimento no seu escritório de denúncias de manifestantes mortos sob custódia policial.
Em declarações à agência Europa Press, Pillay afirmou: “Deve haver pesquisas independentes sobre as mortes sob custódia policial e as acusações de tortura. Os dirigentes de Bahréin tem de deter a intimidação e o assédio aos defensores dos direitos humanos e ativistas políticos, assegurando o respeito de seus direitos fundamentais, civis e políticos”.
Nações Unidas calculou em 1000 o número de pessoas que continuam presas por participar das protestas, embora o regime afirma serem 400. Segundo informou Europa Press, muitas dessas detenções realizaram-se enquanto os manifestantes eram atendidos pelos médicos, após ter sido feridos nas manifestações.
Por outro lado, o regime já começou o juízo contra 21 ativistas, entre os que figuram os líderes da oposição política do país. Segundo a organização de direitos humanos Human Rights Watch, um deles estaria no hospital, após ser espancado enquanto estava detido. O regime negou essa situação mais uma vez, e declarou que tanto os ativistas quanto os grupos de direitos humanos eram livres de se manifestar em Bahréin, e que contavam com o apoio do governo.
Também manifestou que o dia 1 de junho levantará o estado de emergência vigente em Bahréin, data que coincidiria com o prazo que o regime tem para comunicar os ganhadores do prêmio da Fórmula 1, caso fosse realizada a carreira desse ano.
Por enquanto, não só organismos de direitos humanos manifestam sua postura crítica respeito à situação em Bahréin, mas a opinião pública internacional também questiona cada vez mais as violações aos direitos fundamentais perpetradas pelo regime.
Um exemplo disso é que, na edição de ontem, o Washigton Post sugere ao governo dos Estados Unidos, firme aliado da monarquia de Bahréin, retirar sua quinta Flota da Armada do país persa.
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