Felipe Sandoval já renunciou ao comando eleitoral do candidato presidencial Eduardo Frei, depois de que começaram a surgir evidências contra ele vinculadas a manejos dubitáveis cometidos em seu trabalho como ministro.

O ex-funcionário abandonou os trabalhos de campanha para “não prejudicar políticamente” ao ex-presidente democrata-cristão, que almeja obter um novo mandato nas eleições de dezembro deste ano.

Transparência e seriedade. Isso é o que estão pedindo os grupos chilenos, que destacam que a mesa do salmão está utilizando dinheiro dos contribuintes chilenos, que obviamente não foram consultados ao respeito.

“Sandoval não apenas deve renunciar ao Comando político de Eduardo Frei, como também à secretaria executiva da ‘mesa do salmão’. Isso em função da transparência, já que nesta mesa estão sendo tomadas decisões em prol desta trilionária e irresponsável indústria exportadora”, afirmou uma das pessoas que exige a renúncia, Juan Carlos Cardenas, diretor de Ecocéana.

O diretor da Conapach, Cosme Caracciolo, considerou vergonhoso que uma pessoa sancionada e investigada por mal uso de dinheiros públicos continue sendo o principal negociador do Estado na mesa salmoneira.

“Sandoval deve renunciar imediatamente, e a presidenta Bachelet deve informar-se sobre esta situação”, manifestou o sindicalista em entrevista com o site Ecocéanos News.

O plano de resgate para, supostamente, diminuir os impactos da crise internacional sobre as empresas salmoneiras é coordenado entre o Ministério de Economia, a Associação de Bancos e Instituições Financeiras e a patronal SalmonChile, e tem previsto fazer empréstimos no valor de cerca de 450 milhões de dólares.