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29 de Maio de 2012 |

Os líderes podem faltar, mas as corporações não

Entrevista com Sandra Quintela (Rede Jubileu Sul-Américas): construindo de fato uma agenda de lutas

“Se Barack Obama e Angela Merkel não vãoá estar aqui, certamente as corporações de seus países estarão e isto faz parte do que estamos denunciando na Cúpula dos Povos: a cooptação corporativa das empresas sobre os espaços públicos como no caso da Conferência Rio+20”, diz Sandra Quintela em entrevista com Rádio Mundo Real desde Rio de Janeiro.

Efetivamente, vários governantes dos países centrais como Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido têm manifestado que não irão à conferência que será realizada a duas décadas da chamada “Cúpula da Terra”.

Para Quintela, referente da organização Jubileu Sul, em parte a explicação pela ausência destes mandatários é que “na verdade, a ‘Economia Verde’ que se busca impulsar em Rio+20 não precisa, como a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas) de um tratado internacional formal, escrito para ser implementada. A ‘Economia Verde’ vem disfarçada em leis nacionais, estaduais, regulações ministeriais… e isso já está caminhando e forte em nossos países. Inclusive a mudança no Código Florestal aqui no Brasil tem a ver com isso”, analisou a economista e ativista brasileira.

“Isso explicita muito mais a presença corporativa e o que estamos denunciando: os governos a serviço das transnacionais e que não estão envolvidos em encontrar uma solução aos principais problemas da Humanidade”, acrescentou.

Do Rio ao mar

Sandra explicou logo o enorme significado que tem a Cúpula dos Povos (que será realizada de 15 a 23 de junho também no Rio, isto é começando uma semana antes e terminando um dia após de Rio+20) como procura de uma convergência entre organizações sociais de todo o mundo, com a diversidade de agendas e expectativas que isso significa.

“Estamos trabalhando muito duro nisso, chamando a construir uma unidade: de ações, de reflexões através destes três eixos que temos construído durante um ano e meio”. Estes eixos são a denúncia das causas estruturais das crises, as soluções que vêm dos povos através de novos paradigmas e a agenda de lutas para frente.

“A expectativa é de construir de fato essa agenda que visibilize tudo o que está se atingindo no mundo em matéria de resistências”, disse Sandra. E resumiu: “estamos no Rio caminhando rumo ao mar e queremos um Rio forte para que o mar seja um oceano de lutas”.

A seguir a entrevista com Sandra Quintela

(CC) 2012 Radio Monde Réel

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