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28 de Dezembro de 2011 | Notícias | Soberania alimentar
Todo fim de ano é um momento propício para o balanço e as perspectivas. No Brasil, o Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) divulgou um documento que resume as lutas mais importantes deste 2011, e além disso descreve alguns dos principais desafios para o ano que vem.
“Este não foi um ano positivo para a reforma agrária e as bases do MST. O agronegócio seguiu com sua ofensiva em acumular mais terras e se apropriar de bens naturais”, resumiu João Pedro Stédile, do movimento.
A lentidão e a ineficácia do Estado, fez com que, segundo o MST, o governo de Dilma Rosseuf acabasse “em dívida” com o povo do campo, e que tenha ainda pendente a apresentação de um plano com soluções para as 160 mil famílias que ainda estão à beira dos caminhos.
Segundo o documento do MST, o agronegócio –definido como uma aliança entre os fazendeiros capitalistas e as empresas transnacionais- controla atualmente a agricultura do Brasil, e procura “aprofundar sua dominação” através de iniciativas “em vários frentes”.
Uma delas, e que marcou a fogo este 2011, foi a polêmica flexibilização do Código Florestal, que visa eliminar as sanções contra produtores responsáveis pelo desmatamento, uma iniciativa que foi resistida pelas organizações mais representativas do país.
Por outro lado, o MST também indica que a contaminação por agrotóxicos é um dos maiores problemas do Brasil, que ocupa desde 2008 o primeiro lugar do ranking mundial de utilização destes produtos.
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