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9 de Agosto de 2010 | |

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A Rússia enfrenta sua pior situação climática em mil anos, enquanto na Groenlândia desprende-se gigantesco iceberg

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Uma grave seca, acompanhada de uma onda de calor sem precedentes, que está assolando a Rússia desde o fim de junho, tem se agravado nos últimos dias. As autoridades desse país alertam sobre o aumento de mortes relacionadas a estes fenômenos, que organizações ambientalistas vinculam à mudança climática.

“Temos um arquivo de condições meteorológicas e de situações anormais dos últimos mil anos. É possível dizer que não tem havido nada similar a isto no território da Rússia durante os últimos mil anos em relação ao calor”, disse o diretor do Serviço Meteorológico russo, Alexandr Frolov, conforme a agência Novosti.

A onda de calor que assola a Rússia desde o começo do verão tem duplicado a mortalidade em Moscu, já que na capital normalmente são registrados de 360 a 380 mortes por dia, enquanto que agora a cifra situa-se em cerca de 700.

A isto, soma-se o aumento de incêndios florestais, que embora tenham diminuido um pouco do domingo passado até hoje, ainda atingem 174.035 hectares.

Por outro lado, a seca é grave e tem diminuido a colheita em 30 porcento, o que atingirá o abastecimento interno, mas também o externo, já que o primeiro ministro russo, Vladímir Putin, decidiu suspender a exportação de cereais e de outros produtos agrícolas.

Se bem esta decisão, que vai reger até dezembro, poderia ser revista em outubro, os prognósticos não são alentadores já que se estima que não haverá chuvas durante todo o mês de agosto.

Além do que está acontecendo na Rússia, este fim de semana informou-se que no norte da Groenlândia desprendeu-se um iceberg de 87 quilômetros quadrados do glaciar de Petermann, o que conforme a organização ambientalista Greenpeace, vai alterar o clima nas próximas semanas ou meses, devido à grande quantidade de gelo que foi vertida aos oceanos.

“Os degelos no Ártico, os incêndios florestais na Rússia e as inundações no Himalaia são apenas algumas das predições dos cientistas sobre os efeitos do aquecimento do planeta e de como será afetado o mundo num ambiente de aquecimento global”, afirma a organização em um comunicado.

“A natureza nos está dizendo que é hora de agir, é preciso que os políticos do mundo deixem os discursos e na próxima cúpula do clima (COP 16) cheguem a acordos vinculantes que permitam mudar os combustíveis fósseis por energias limpas e renováveis e diminuir as emissões de gases de efeito estufa de cada país com metas ambiciosas, só assim poderemos dar a nossos filhos um futuro próspero e verde”, afirma ainda o comunicado da Greenpeace.

Foto: www.greenpeace.org

(CC) 2010 Radio Monde Réel

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