Daí que a I Assembleia Continental da Coordenadora Latino-americana de Organizações do Campo (CLOC-Via Campesina), tenha focado sua atenção e solidariedade na situação hondurenha.

O vale do rio Aguán está no departamento de Ceiba em Honduras, e abrange mais de 600 mil hectares dos quais 35 mil estão plantados com palma africana. Ali, Miguel Facussé é o maior empresário produtor de palma da zona, mas não o único. Desta terras, os camponeses locais exigem há mais de 18 anos cerca de 7000 hectares.

Após o golpe de Estado militar em 2009 a repressão e a perseguição do movimento social em geral tem aumentado neste país centro-americano. Onde existem centenas de desaparecidos e cerca de seis dezenas de assassinatos por motivos políticos conforme o Comitê de Familiares e Desaparecidos de Honduras.

Nesse contexto repressivo está o conflito por posse da terra em Bajo Aguán. Sobre isto, Rádio Mundo Real conversou com Vitalino Álvarez, porta-voz do Movimento Unificado Camponês de Aguan, (MUCA por suas siglas).

Para Álvarez a solidariedade deve se materializar em um acompanhamento humano. “Em nível continental é necessário radicalizar a solidariedade e ter mais presença nos territórios e comunidades que sofrem ataques para visibilizar estas violações dos direitos humanos”.

O porta-voz do MUCA assinalou que "a CLOC-VC tem o desafio de enfrentar a recuperação dos direitos, como o o direito à terra. Porque não podemos falar de Soberania Alimentar se não temos o mais importante como o direito à terra".

Veja alguns dos momentos da Assembleia no vídeo abaixo, produzido pela equipe de comunicação da CLOC-VC América Central.