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13 de Junho de 2011 | Entrevistas | Anti-neoliberalismo | Direitos humanos
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Na Guatemala, já são 54 os municípios indígenas que têm rejeitado através de consultas populares a mineração a céu aberto e a construção de barragens hidrelétricas.
Foi o que disse Mario Godínez, de Ceiba-Guatemala, durante a Assembleia da Amigos da Terra da América Latina e Caribe (ATALC) neste fim de semana em Buenos Aires, capital argentina.
Mario explicou que estas comunidades declararam-se livres perante o Estado, e ele “já está respondendo com militarização e violência”.
“As comunidades têm dado três passos contundentes: reconhecer que o dano não é para com as pessoas mas com as comunidades, depois disso se organizar para defender os territórios e finalmente parar-se diante do Estado colonial e racista, dizendo que é possível construir alternativas”, contou Mario.
A Guatemala é um país que historicamente tem sido fustigado pelos genocídios. Além da estratégia de “terra arrasada” durante a última ditadura militar, há conforme Mario, o “novo genocídio” que significa a mineração e a expansão de terras para agrocombustíveis.
Paralelamente a este processo, as grandes potências como Estados Unidos adotaram uma linha de aprofundamento da militarização do continente.
“Não é a potência econômica de antes, mas continua sendo uma potência militar. Eles sabem que o alimento é um grande negócio, que é um grande mercado atrativo e como povo não temos outra alternativa que a resistência”, argumentou.
Por outro lado, a última crise financeira internacional, para o representante de Ceiba-Guatemala, serviu de lição para as grandes potencias, porque “o dinheiro de papel e o eletrônico desaparecem da noite à manhã, e os metais, como o ouro, não desaparecem com tanta facilidade”.
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