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1 de Setembro de 2011 | Notícias | Indústrias extrativas
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A Casa Branca é o cenário de ações de desobediência civil há vários dias, já que centenas de pessoas participam de uma manifestação para exigir ao governo dos Estados Unidos que detenha a expansão do oleoduto de Keystone XL, proposto pela petroleira canadiense TransCanada.
O oleoduto pretende transportar 900.000 barris de petróleo de areias betuminosas do Canadá até a Costa do Golfo. Conforme a organização ambientalista Amigos da Terra Estados Unidos, este tipo de petróleo é muito mais contaminante do que o convencional, já que somente em sua etapa de produção são gerados níveis de emissões de dióxido de carbono três vezes superiores aos do petróleo convencional, devido a que seus processos mais intensivos de extração e refinado.
Além disso, o grupo alerta que este tipo de extração precisa de grandes quantidades de água: de fato, por cada barril extraído, perdem-se três de água. Ainda exitem os danos sobre as comunidades que serão atingidas pela presença do oleoduto.
Conforme o veículo Democray Now!, desde que iniciaram os protestos diante da Casa Branca, no começo de agosto, 595 pessoas foram presas por esta causa. Dentre os presos estão Elijah Zarlin, escritor em chefe para a campanha eleitoral do presidente estadunidense Barack Obama em 2008, a atriz Daryl Hannah e o diretor executivo da Greenpeace nos Estados Unidos, Phil Radford.
Outra das pessoas presas foi o diretor do Instituto Goddard para Estudos Espaciais da NASA, James Hansen. O cientista foi um dos primeiros em advertir sobre os impactos da mudança climática em nível mundial, e conforme o jornal International Business Times, gritou enquanto era preso que Obama devia deter a construção do oleoduto “pelo bem de nossos filhos e netos”.
Junto a outros vinte cientistas, Hansen havia enviado uma carta à Casa Branca exigindo que Obama detivesse o avanço do projeto, porque ele poderia ter graves impactos sobre o meio ambiente.
O oleoduto Keystone XL atravessaria seis estados dos Estados Unidos, passando por alguns dos principais rios, incluindo certas fontes fundamentais de água para beber e para usar na produção agrícola. Um dos grandes temores daqueles que protestam contra o projeto é que sejam produzidos derrames que atinjam seriamente estes leitos de água, colocando em risco a fornecimento do recurso para muitos setores da população estadunidense.
Dentre os protestos para deter a construção do oleoduto, Amigos da Terra Estados Unidos está levando a cabo várias ações, como a de escrever ao presidente Obama para que detenha o projeto.
Foto: http://www.foe.org/
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